O Atlético-MG protocolou junto à Conmebol um pedido de revisão do lance que culminou no gol do Palmeiras no jogo de volta das semifinais da Libertadores. O atacante Deyverson invadiu a lateral do gramado pouco antes de Dudu marcar, enquanto Gabriel Veron conduzia a bola rumo à pequena área. A arbitragem viu o ocorrido em campo, mas preferiu manter a decisão.
O clube mineiro pleiteia a anulação do gol ou da partida. Assim, o duelo deveria ser remarcado ou terminar com o placar de 1 a 0, classificando o Atlético-MG para a final do torneio. No entendimento do departamento jurídico da equipe, a invasão de campo de Deyverson, que estava fazendo aquecimento na lateral do gramado, seria motivo para a anulação do gol.
No dia seguinte ao jogo, a Conmebol divulgou o áudio da comunicação entre o árbitro Wilmar Roldán e o VAR, que orienta, após o gol palmeirense, apenas a advertência de Deyverson com o cartão amarelo. Como o jogador reserva não teve qualquer interferência no resultado do lance, o gol foi confirmado.
"Nesse sentido, eleva-se que não se está diante de má interpretação dos fatos, mas, em verdade, de erro de direito flagrante e inescusável, que teve como consequência a assinalação de gol notoriamente inválido, o qual deu acesso indevido ao Palmeiras à final da Libertadores", explica trecho do documento protocolado pelo time atleticano.
O Palmeiras ainda não se manifestou oficialmente sobre o pedido feito pelo Atlético-MG. Questionada sobre o tema após o jogo, a International Board, órgão que elabora as regras do futebol, afirmou, em nota, que o gol foi legal e que as normas do jogo devem ser compreendidas e aplicadas de acordo com seu "espírito" e "intenção".