O protesto liderado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) contra a terceirização e em defesa da saúde reúne apenas algumas centenas de pessoas, em contraste aos milhares que a central pretendia reunir na capital paulista. O presidente da CUT-SP, Adi dos Santos Lima, admitiu que a central concentrou esforços em Brasília, já que o foco hoje para os sindicalistas é protestar contra o PL 4330, que libera a terceirização em atividades fim.
Na quarta-feira, 15, a CUT juntamente ao MTST preparam outro ato na capital paulista mais focada em um discurso pró-governo, destacando novamente – como em 13 de março – a defesa da democracia e da Petrobras. Segundo dirigentes, essa manifestação do dia 15 terá mais uma função de resposta aos protestos contra Dilma marcados para domingo, 12. As passeatas desta terça em diversas capitais, explica Adi, pretendem destacar as consequências de se liberalizar a terceirização do trabalho.
Mais cedo, em Brasília, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, anunciou a disposição de colocar o PL 4330 em votação “de todo jeito”.
A CUT se mobilizava para tentar adiar a votação e “ganhar tempo”, nas palavras de Adi. Os sindicalistas estão pessimistas com a perspectiva de o projeto ser votado agora, acreditam que as chances de ser alterado evitando a terceirização de atividade fim são baixas.