Vivica A. Fox levou a sério a história de ser produtiva mesmo durante a pandemia. "Produzi cinco filmes", disse ela em entrevista à imprensa internacional. A atriz e produtora divulgava o lançamento de dois deles: A Treinadora Errada e O Príncipe Encantado Errado, que são exibidos no domingo, 16, às 17h45 e 21 h, no canal Lifetime, e fazem parte da franquia Errado, com mais de 25 filmes. "Só fiquei parada nos primeiros 45 dias, porque tudo foi fechado nos EUA. Depois, demos um jeito de fazer tudo com segurança e pudemos trabalhar durante a pandemia." Além dos filmes, ela continuou com sua série Cocktails with Queens, seu podcast (Hustling with Vivica A. Fox) e sua coleção para cabelos, com perucas e extensões. Ela também estreia na direção com um curta-metragem para o canal BET sobre uma mulher sem-teto que sofre de transtorno bipolar.
Em A Treinadora Errada, Fox é a treinadora de um time de "cheerleaders" que estimula a adolescente Hanna (Madi Burton), recém-chegada à Califórnia, a se juntar ao grupo. A intriga começa quando a treinadora-assistente Devan (Johanna Liauw) se oferece para dar aulas particulares a Hanna, por estar de olho em Jon (Corin Nemec), pai da nova aluna. Em O Príncipe Encantado Errado, Fox interpreta Sandra, que ajuda Jessica (Anna Marie Dobbins) a investigar o novo namorado de sua mãe.
"Para mim, a série é ilimitada", disse a atriz e produtora. "Porque tantas coisas podem dar errado. Temos o amigo errado, a professora errada. Até o repórter errado poderia funcionar", disse, em tom de brincadeira. Sua vontade é de explorar personagens de todas as origens, cores e tamanhos. "Queremos ser um reflexo do mundo e fazemos questão de ter diversidade nos nossos filmes." A franquia é composta de longas de rápida produção – entre três e seis meses – que podem ser consumidos quase como uma série.
A atriz de 56 anos, que trabalhou em Independence Day (1996), Batman & Robin (1997), Kill Bill: Vol 1 (2003) e Kill Bill: Volume 2 (2004), entre muitos outros, tem ficado animada com o maior número de oportunidades para mulheres em Hollywood, não importando a cor da sua pele ou mesmo a idade. "É uma época maravilhosa para ser atriz, especialmente uma atriz não-branca", afirmou. "É um tempo incrível do poder feminino. Estamos contando nossas histórias, dirigindo, contratando, financiando. Estou nesse ramo há mais de três décadas e hoje, quando vou a uma reunião, vejo mulheres ocupando as posições de poder, coisa que antes não acontecia. E já não era sem tempo."
Os movimentos Me Too e Times Up alteraram completamente o cenário. "As mulheres têm mais apoio para denunciar os casos de assédio sexual ou de falta de pagamento justo. E podem contar suas histórias sem os estereótipos, por exemplo, de mulheres brigando em vez de formando uma sororidade." É muito mais comum ver filmes e séries em que as mulheres são várias e aparecem se divertindo, sendo amigas. "Vemos muito empoderamento feminino, produções em que as mulheres ficam juntas, se apoiam. E elas dão dinheiro."
Vivica acredita, inclusive, que sua vida daria um filme. "Passei por poucas e boas", disse, divertida. "Saí de casa aos 17, à procura de um sonho que alcancei, superando todas as minhas expectativas. Viajei o mundo. Tive minha parcela de escândalo e de drama, mas também muitas vitórias e aventuras." No momento, ela acredita que está vivendo sua melhor fase. "Não imaginava que meus 50 anos seriam tão maravilhosos", disse, enxugando as lágrimas. "São de alegria. Estou só recebendo flores. E vendo um monte de pessoas não-brancas brilhando." As informações são do jornal <b>O Estado de S. Paulo.</b>