O alemão Thomas Bach, presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI) desde 2013, foi anunciado nesta terça-feira como candidato único ao cargo da entidade para o quadriênio 2021-2025. O dirigente, que já tinha manifestado em julho a intenção de se candidatar, deverá ser eleito na Assembleia Geral, que será realizada entre 10 e 12 de março, em Atenas, na Grécia, e sua posse acontecerá oficialmente após os Jogos de Tóquio-2020, adiados para o próximo ano devido à pandemia de covid-19.
De acordo com a carta olímpica, os presidentes podem cumprir um primeiro mandato de oito anos, prorrogável por mais quatro, não podendo exceder os 12 anos na liderança do COI.
Bach, de 66 anos, sucedeu na presidência o belga Jacques Rogge, que liderou o COI entre 2001 e 2013 e foi o primeiro a cumprir a regra da limitação de mandatos, depois de o espanhol Juan Antonio Samaranch ter estado à frente da entidade durante 21 anos, entre 1980 e 2001.
Nascido em Wurzburgo, Bach, que é o nono presidente da história do COI, é formado em direito, foi campeão olímpico de esgrima nos Jogos Olímpicos de Montreal-1976, no Canadá, e integra a entidade desde 1991.
Bach liderou a Confederação Alemã de Desportos Olímpicos entre 2006 e 2013, deixando o cargo quando foi eleito presidente do COI, em uma eleição na qual se apresentaram mais cinco candidatos, entre eles o ucraniano Sergey Bubka, campeão no salto com vara.
O alemão encarou desafios à frente da entidade como o escândalo do doping institucionalizado na Rússia e o adiamento da Olimpíada de Tóquio por causa da pandemia do novo coronavírus, algo inédito na história olímpica. Por outro lado, orquestrou a nomeação conjunta de Paris e Los Angeles como sedes dos Jogos de 2024 e 2028, respectivamente, em feito também inédito.