O presidente da Petrobras, Pedro Parente, pediu prioridade à conclusão da auditoria das demonstrações financeiras de 2016, que deve acontecer em um mês, e disse que repetirá na contratação da plataforma para a área de Libra o porcentual de conteúdo local das últimas quatro embarcações contratadas para a Bacia de Santos. As informações constam em carta enviada aos funcionários e cujo texto foi divulgado na segunda-feira, 30, na intranet da empresa.
“Está chegando ao seu final nessas próximas semanas as atividades de auditoria, remediação de controles e respostas de auditorias, incluindo evidências, para certificação dos nossos demonstrativos financeiros de 2016”, afirmou. Ele pede a participação “direta, diligente e prioritária” dos empregados na conclusão da auditoria, que, segundo Parente, é “essencial na recuperação da credibilidade” da petroleira.
Na carta, o presidente da Petrobras ainda se posicionou sobre o conteúdo local adotado em suas licitações, na qual diz que a atual política “tem custos elevados, usa enfoque equivocado de penalizar em vez de premiar, com a aplicação de multas que somam valores consideráveis, não traz vantagens para o País, além de não ter critério objetivo de avaliação de sua eficiência”.
Como tem afirmado reiteradamente, Parente ressaltou que não considera como critério de contratação em suas licitações o fato de as fornecedoras serem de capital nacional ou estrangeiro, como ocorreu no convite feito para a unidade de processamento de gás natural do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj).
Na construção da plataforma de Libra, a Petrobras espera alcançar um porcentual de conteúdo local “factível”, de acordo com Parente. O tema está sendo discutido com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). “Não é verdade que o consórcio de Libra queira fazer toda obra no exterior”, afirmou.