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Aumentam ataques virtuais destinados às redes elétricas

Pesquisa feita por McAfee e CSIS mostarme que preocupação de empresas aumentou em 2011

Em pesquisa realizada com 200 executivos da área de Tecnologia da Informação de empresas, principalmente do setor de energia elétrica, de 14 países, incluindo o Brasil, 40% dos entrevistados afirmaram aumento na vulnerabilidade do setor. Cerca de 30% acreditam que sua empresa está desprotegida diante de um possível ataque. A análise aponta ainda que mais de 40% esperam ameaças de grandes proporções no próximo ano.

O estudo mundial, intitulado "No escuro: empresas de serviços essenciais enfrentam ataques cibernéticos", foi feita pela McAfee e instituto Center for Strategic and International Studies (CSIS). Na análise, os especialistas apontam o custo e o impacto dos ataques virtuais direcionados às infraestruturas críticas, como as redes de energia elétrica, petróleo, gás e água.

"Nós descobrimos, em relação ao ano passado, que a adoção de medidas de segurança em importantes infraestruturas críticas não acompanhou o acelerado aumento das ameaças virtuais", afirma Stewart Baker, especialista responsável pela condução do estudo da CSIS.

O estudo deste ano também apontou que os executivos de setores essenciais fizeram progressos modestos em relação ao ano anterior quanto à proteção das redes, sendo que o setor de energia elétrica aumentou a implementação de tecnologias de segurança em apenas um ponto percentual (51%) e os setores de petróleo e gás natural aumentaram apenas três pontos percentuais (48%).

"De 90 a 95% dos profissionais na área de rede inteligente (smart grid) do setor estão despreocupados com a segurança e consideram-na o item menos importante e o último a ser considerado", comenta Jim Woolsey, ex-diretor da Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos.

Principais conclusões do estudo

– As tentativas de extorsão foram mais frequentes nos setores de CIP (Critical Infrastructure Protection, ou seja, proteção de infraestruturas críticas): um em cada quatro entrevistados foi vítima de extorsão por meio de um ciberataque. O número de empresas sujeitas a extorsão aumentou 25% no ano passado e os casos de chantagem foram igualmente distribuídos entre os diversos setores de infraestrutura crítica.

– 80% dos entrevistados sofreram um ataque de negação de serviço (DDoS) de grande porte e 1/4 deles informou ataques de DDoS diários ou semanais ou foi vítima de extorsão por meio de ataques à rede.

– Apenas uma minoria adotou soluções de segurança eficaz; 1/4 dos entrevistados implementou ferramentas para monitorar a atividade na rede e aproximadamente 26% utilizam soluções para detectar anomalias.

– Brasil, França e México estão atrasados em relação à adoção de medidas de segurança: implementam apenas metade das medidas adotas, por exemplo, na China, no Japão e na Itália. China e Japão também estão entre os países com os maiores índices de confiança na capacidade de as leis em vigor prevenirem ou desestimularem ataques.

– Estados Unidos e Europa ficaram atrás da Ásia em termos de participação do Governo; a China e o Japão relataram níveis elevados de interação formal e informal com o setor público sobre temas de segurança, enquanto os EUA, a Espanha e o Reino Unido indicaram pouco ou nenhum contato.

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