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Aumento de casos de dengue reforça ações de combate aos criadouros em Guarulhos

De 1° de janeiro a 18 de maio deste ano o número de casos confirmados de dengue chegou a 942 em Guarulhos, com mais 338 em investigação e um óbito. O aumento acende um alerta para que a população redobre a atenção em seu quintal e em locais que possam abrigar possíveis criadouros do mosquito Aedes aegypti.

Os dados são do Boletim Epidemiológico da Secretaria da Saúde, divulgado nesta quinta-feira (19). Dos 942 casos registrados no município, as regiões Centro e Cantareira são as que concentram o maior número de pessoas infectadas: 278 e 369, respectivamente. A região São João acumula 113 casos e a Pimentas, 182. A cidade também tem 11 casos confirmados de chikungunya: quatro na região central, dois na Cantareira, quatro na São João e um na região Pimentas. O Departamento de Vigilância em Saúde já realizou ações de contenção do mosquito nesses locais.

O trabalho, realizado por agentes de combate a endemias do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), consiste em orientação e remoção de criadouros onde há casos positivos e suspeitos. No entanto, das visitas realizadas, os profissionais não conseguiram acessar cerca de 40% das residências, ou porque o morador não atendeu, não permitiu ou porque não estava em casa e, como estratégia para contornar o terceiro caso, as equipes passaram a realizar visitas aos sábados, que ocorreram nos meses de março, abril e maio (até o dia 15), quando 11.160 casas foram vistoriadas por 30 agentes de combate às endemias. No dia 1º de maio, em uma ação no Bosque Maia,  1.200 pessoas foram abordadas e orientadas com informações a respeito do combate à dengue.

Como o mosquito age

O mosquito da dengue, também transmissor da zika e da chikungunya, demora cerca de dez dias para se desenvolver do ovo à forma adulta, e para que isso não aconteça uma vez por semana os locais precisam ser vistoriados e os focos com água parada eliminados, ou seja, reservatórios de água devem estar devidamente cobertos, pratos e vasos de plantas podem ser utilizados somente com areia e bebedouros de pets precisam ser lavados com água e sabão pelo menos uma vez a cada sete dias.

Essas orientações e inspeções não ocorrem somente nas ações de bloqueio ao mosquito. Visitas casa a casa são realizadas constantemente como medida de prevenção, das quais também participam os agentes comunitários de saúde, que, além dos locais e objetos já citados, verificam ralos, calhas e até atrás da geladeira, onde está localizada a bandeja de degelo, para eliminar os focos de água parada.

A fim de que os casos de dengue não avancem na cidade a Prefeitura pede a colaboração da população para que mantenha seu quintal limpo e receba os profissionais de saúde, que trabalham devidamente uniformizados e identificados.

Como denunciar focos de dengue

Os possíveis focos de dengue podem ser denunciados no Portal de Serviços da Prefeitura (servicos.guarulhos.sp.gov.br). O denunciante deve selecionar a aba Guia de Serviços, localizada no topo da página, clicar em Denúncia e Fiscalização entre as opções abaixo do título Vigilância em Saúde, selecionar Denúncia de Criadouro de Mosquito Aedes Aegypti e clicar em Serviço Online para realizar o login e dar início à denúncia.

Sintomas e orientações

Em caso de sintomas como febre alta (de 39 a 40 graus), dor de cabeça, cansaço, dor muscular e nas articulações, manchas vermelhas na pele, enjoos, vômitos, indisposição e dor abdominal é indicado procurar o serviço de saúde mais próximo. A automedicação é um risco à saúde e, em se tratando de dengue, medicamentos anti-inflamatórios não hormonais (ou não esteróides) e derivados de ácido acetilsalicílico são contraindicados em todos os casos da doença.

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