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AVALIAÇÃO – Com câmbio CVT e motor 1.3, Fiat Argo Trekking se destaca entre compactos

Ernesto Zanon – Do Carro Express / youtube.com/carroexpress

A linha 2023 do Fiat Argo traz pequena mudança no visual e apresenta como principal novidade a adoção do câmbio CVT nas versões com motor 1.3. Desta forma, por cerca de R$ 90 mil, torna-se o carro brasileiro com transmissão automática mais barato do mercado na versão Drive. Neste caso, o Carro Express avaliou a novidade na versão Trekking, a aventureira da família que é um pouco mais cara (por volta de R$ 96 mil), mas se mantém como ótima opção para quem gosta de um modelo que puxa pelo jeito SUV de ser (mesmo não sendo).


O Argo contava com câmbio automático apenas na versão com motor 1.8, que foi descontinuada no ano passado. Até lançar o CVT, que já estava presente no Pulse, Strada e Cronos, todos com motores Firefly 1.3, a Fiat ficou devendo ao mercado essa opção para o Argo. A espera valeu, já que agora ela oferece um modelo com bom desempenho e câmbio perfeito ao que o carro se propõe.
Simulando sete marchas, o CVT se comporta bastante bem principalmente na cidade, o principal ambiente onde o carro convive. O motor 1.3 Firefly proporciona 107 cavalos de potência, tem ótimo desempenho e a economia de combustível que se espera. Faz mais de 10 km/l na cidade com gasolina, mesmo utilizando ar condicionado e colocando ele no trânsito mais pesado. Na estrada chega perto dos 15 km/l.
A transmissão CVT oferece três modos de condução: automático, manual e sport, que é voltado para quem busca uma condução ágil. Basta selecionar a opção no volante que ele meio que se transforma. A central eletrônica promove uma série de ajustes para tornar o veículo ainda mais responsivo. O retorno do motor fica mais ágil ao simples toque no acelerador e as marchas são alongadas. As trocas são feitas em rotações mais altas, característica típica de uma direção mais esportiva.


Como hatch compacto, o Argo cumpre seu papel. Tem espaço interno condizente com a categoria e vai bem no transporte urbano, sem decepcionar numa viagem. Lógico que não tem como levar muita bagagem, já que tudo tem seu limite. Afinal, são 300 litros de capacidade no porta-malas, o que não pode ser considerado pequeno para um carro deste porte.
As mudanças no design são bem suaves. Aparecem no visual frontal, que recebeu novo para-choque e grade dianteira. As rodas também foram atualizadas. A Trekking passou a contar com novos desenhos dos adesivos em preto e com detalhes em laranja mais presentes tanto no capô (com comprimento mais longo) quanto na lateral. Por dentro, tem novo volante, além de diversos equipamentos embarcados que melhoram muito o nível de conforto, graças a toda tecnologia oferecida.
Traz retrovisores externos elétricos com rebatimento automático do lado direito ao acionar a ré, luzes repetidoras de seta e faróis de neblina, câmera de ré e sensor de estacionamento traseiro. Os faróis dianteiros são halógenos – apenas a assinatura é em LED.

A central multimídia com tela de 7 polegadas permite acesso fácil ao Android Auto e Apple CarPlay com conexão por cabo USB. Nada de carregamento por indução ou conexão sem cabos. O computador de bordo no painel de instrumentos segue atual e prático, oferecendo entre outros recursos o monitoramento de temperatura do motor, indicador de manutenção programada e função de alerta de limite de velocidade.
São opcionais a pintura metálica, ar-condicionado digital, bancos em couro, volante em couro e chave presencial. Se optar em ter tudo isso como no modelo mostrado na avaliação, o valor final aumenta em cerca de R$ 6 mil.

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