Ernesto Zanon – Do Carro Express/ Edição de imagens: Danilo Sanches
Mais uma marca estreando em nossas avaliações. Neste momento em que a gente completa 30 anos de avaliações jornalísticas, tenho o prazer de apresenta nosso primeiro GWM. Trata-se de um novo fabricante que está chegando do Brasil, colaborando para mudar os conceitos que já concebemos de automóveis.
De origem chinesa, já conta com fábrica no Brasi, prontinha para começar a produzir carros híbridos e elétricos. E já oferece os dois. Hoje estamos com o Haval H6 HEV, um Suv médio grandalhão híbrido. São dois motores. Um 1.5 turbo a gasolina e um elétrico. Os dois juntos somam 243 cv de potência.
A GWM oferece três versões deste Haval H6. Este de entrada que não é plug-in, um outro que você pode carregar e o terceiro, um top de linha que tem dois motores elétricos e mais autonomia ainda, que é assunto para uma futura avaliação. Este aqui tem atributos de sobra para convencer a gente que a eletrificação, por meio dos híbridos, é um caminho sem volta.
Assim como a BYD, outra marca chinesa que a gente já avaliou três modelos, a GWM vem dando o que falar. Este carro tem mais de 800 quilômetros de autonomia, já que os motores a gasolina e elétrico interagem de forma inteligente e garantem ótimo rendimento, seja no pé como na distância percorrida.
Interessante frisar que esses carros híbridos são mais econômicos na cidade do que na estrada, já que no tráfego urbano eles usam mais o motor elétrico e tem mais poder de recarga, nas frenagens e desacelerações. Faz fácil mais de 20 km/l na cidade, enquanto numa estrada fica entre 12 e 15 km/l, onde o motor a combustão é mais usado. Nas duas condições, muita facilidade para arrancar e ir adiante sempre que necessário pisar um pouco mais. Vai de 0 a 100 km/h em 8,8 segundos e tem velocidade máxima de 175 km/h. Pra ter uma ideia, a versão GT vai a 100 km/h em menos de 5 segundos.
Como dá para perceber, o Haval H6, que nesta versão custa um pouco mais de R$ 210 mil, não está para brincadeira. Isso porque ainda não falei do tanto de equipamentos embarcados, que aumentam demais o prazer de dirigir ou de estar a bordo. É muita tecnologia disponível, fora o alto nível de conforto e sofisticação, numa demonstração clara que os chineses não ficam atrás dos automóveis de luxo de marcas consagradas por aí. Mas custando bem menos.
Nível de equipamentos embarcados impressiona
Como não poderia deixar de ser, um carro deste nível vem com piloto automático adaptativo, frenagem automática, alerta de tráfego cruzado e permanência em faixa e detector de fadiga, além de head-up display. As informações do painel são projetadas no para-brisa, lá na frente, para que a gente aqui não tire o foco de visão da pista.
Aí vem os assistentes, como o Smart Dodge, que detecta veículos na faixa ao lado e é capaz de fazer pequenos desvios dentro da própria faixa, se necessário. Na verdade, também é capaz de reconhecer até o tipo de veículo à frente. Traz ainda a redução de velocidade em curvas durante a condução semiautônoma, estacionamento semiautônomo sem a necessidade de controlar o freio e o sistema que refaz em marcha a ré os últimos 50 metros.
O H6 tem bom acabamento, com materiais emborrachados, em preto brilhante e os frisos cromados. Há duas telas, uma de 12,3” para a multimídia (com Android Auto e Apple CarPlay sem fio) e outra de 10,3” para o quadro de instrumentos.
Tem ainda ar-condicionado digital de duas zonas, bancos dianteiros elétricos com ventilação, chave presencial, freio de estacionamento eletrônico com auto-hold, partida por botão, retrovisor fotocrômico, sensor de chuva, faróis com acendimento automático e seis airbags. O porta-malas tem bons 560 litros.