Ernesto Zanon – Do Carro Express / Edição de Imagens: Danilo Sanches
O Honda City é um daqueles carros que vivem uma verdadeira crise de identidade. Apesar de ser classificado como um compacto, ainda mais com a carroceria hatchback, ele posa tranquilamente como um médio. Porém, independentemente do que realmente ele é considerado, trata-se de ótima opção de compra para quem busca um automóvel com espaço e performance. Neste sentido, assim como ocorre com a versão sedã, o EXL é – sem dúvidas – excelente alternativa de compra.
O Carro Express avaliou desta vez o City EXL Hatchback por 10 dias. Anteriormente, já tinha pego o mesmo modelo com carroceria sedã, além das duas opções do top Touring. E dá para reafirmar: trata-se do melhor custo-benefício entre todas as opções oferecidas. Lembremos de cara que o hatchback é praticamente o mesmo carro que o sedã, porém com muito (mas muito mesmo) menos espaço no porta-malas.
Apesar de não ser o mais completo New City, papel que cabe ao Touring, o EXL oferece um bom nível de equipamentos por cerca de R$ 10 mil a menos que o irmão mais pomposo e “seguro”. A principal diferença entre os dois está justamente no pacote Honda Sensing, que inclui sistema de frenagem autônoma, assistente de farol alto, controle de cruzeiro adaptativo (ACC) e assistente de permanência em faixa com correção do volante, disponível apenas no Touring.
Desta forma, enquanto o EXL Hatchback sai por R$ 121 mil, o Touring custa quase R$ 131 mil. Ou seja, você abre mão do pacote Sensing, paga R$ 10 mil a menos e tem praticamente o mesmo carro, que chegou com a difícil missão de substituir ninguém mais, ninguém menos que o lendário Honda Fit, um sucesso de público e crítica por duas décadas no Brasil.
Design garante aspecto high-tech ao New City
A versão hatch, assim como o sedã, tem um design que valoriza os vincos definidos, além de faróis e lanternas em LED, que dão um aspecto high-tech. A traseira, muito bem definida e mais curta, garantem um certo ar de esportividade ao modelo. Ou seja, você abre mão do porta-malas de 519 litros no sedã por um de 258 litros no hatch, bem pequeno pelo que o carro oferece de espaço interno. Entenda: ele leva com razoável nível de conforto até cinco pessoas. Mas, em contrapartida, não tem espaço para a bagagem do grupo todo.
Destaca-se a lista de equipamentos de comodidade e conforto. A partida se dá apertando botão, assim como a abertura das portas. Isso porque conta com o sistema de destravamento por proximidade da chave (Smart Entry). Conta também com ar-condicionado digital, nova central multimídia touchscreen de 8 polegadas com Android Auto e Apple CarPlay sem-fio e câmera de ré multivisão. O cabo do celular só é necessário para carregá-lo, já que não existe o sistema por indução.
Há ainda sensores de estacionamento traseiros, bancos revestidos em couro, painel digital TFT de 7 polegadas multiconfigurável, sensores de estacionamento dianteiros e espelho retrovisor fotocrômico.
Já no desempenho, boas notícias típicas de um autêntico Honda. Em um tempo que os turbos falam alto e cada vez mais ocupam espaços até entre os modelos de entrada, o City mantém o aspirado 1.5 DOHC i-Vtec Flex com injeção direta, que oferece 126 cavalos de potência, suficientes para garantir ótima condução tanto na cidade como na estrada.
Nada de excepcional nas acelerações ou arrancadas, porém o suficiente para não fazer feio frente à concorrência. E o melhor: sem gastar muito combustível. Faz em torno de 12 km/l de gasolina na cidade chegando a 14 km/l na estrada. Nada mal, não?