Após a população grega ter rejeitado no plebiscito deste Domingo (5) as condições impostas pelos credores para um acordo, os ativos globais passaram por uma correção diante do aumento da possibilidade da Grécia sair da zona do euro. Os juros futuros avançaram refletindo a busca por segurança do investidor, mas o dia foi de liquidez fraca.
Ao término da sessão regular na BM&FBovespa desta segunda-feira, o DI janeiro de 2016 fechou em 14,16%, de 14,14% no ajuste anterior, e o DI janeiro de 2017, em 13,75%, de 13,72% no ajuste de sexta-feira. O DI janeiro de 2021 subiu de 12,58% para 12,66%. O dólar à vista fechou em R$ 3,1490 (+0,41%) no balcão.
As dúvidas sobre como ficará a situação da Grécia após a vitória do “não” no plebiscito estimularam a postura defensiva, e a colocação de prêmios na curva a termo, do investidor. Vários analistas dizem que cresceram substancialmente as chances de o país deixar a zona do euro.
Para tentar um novo acordo, amanhã, líderes europeus e membros do Eurogrupo se reúnem para discutir a situação após a consulta popular. Ao menos uma das principais preocupações, a da insolvência dos bancos, está controlada no curto prazo, pois o Banco Central Europeu (BCE) manteve o teto para empréstimos emergenciais aos bancos gregos e se diz pronto para usar todas as ferramentas possíveis, se necessário. As instituições financeiras na Grécia estarão fechadas até quarta-feira.
Contudo, a alta das taxas futura foi moderada por números da pesquisa Focus. Segundo o levantamento do Banco Central, as expectativas para o IPCA em 2016 recuaram de 5,50% para 5,45%, queda que não era vista desde dezembro de 2013. O movimento foi atribuído à estratégia do BC de tentar convencer o mercado de que vai colocar a inflação na meta de 4,5% no próximo ano.