Economia

Awazu diz que País trabalha para enfrentar oscilações nos fluxos de capitais

O diretor de Política Econômica, Luiz Awazu Pereira da Silva, salientou durante seminário no Rio que a condução da política econômica, especialmente em economias de mercado emergentes, sempre teve que enfrentar os desafios colocados pelo comportamento dos fluxos de capitais. Em especial, de acordo com ele, em períodos de excesso de liquidez ou de reversões abruptas. O livro texto, segundo Awazu, recomenda continuar a navegação por esses períodos de mudanças de humor de forma bem estabelecida. “Isso é o que nós temos feito no Brasil”, garantiu.

Em primeiro lugar, conforme o diretor, o Brasil vem trabalhando por meio do reforço de um quadro bem testado, o do tripé macroeconômico. Esse tripé consiste em manter um regime de taxa de câmbio flexível; garantir uma posição fiscal sólida, que gera níveis sustentáveis de endividamento; e manter baixa e estável a inflação.

Em segundo, prosseguiu Awazu, está o trabalho de evitar a transmissão da instabilidade financeira externa nos mercados financeiros domésticos. Para isso, segundo ele, é preciso manter um sistema financeiro sólido em termos de capital, provisões, liquidez e regulamentos. Ele citou também o papel da supervisão capaz de obter informações relevantes para detectar vulnerabilidades.

Em terceiro lugar, o diretor mencionou a possibilidade de confrontar qualquer aumento do risco sistêmico financeiro por meio de instrumentos macroprudenciais.

Em quarto, manter o câmbio flutuante como uma primeira linha de defesa da economia, mas com a busca de diminuir a volatilidade excessiva que pode afetar a estabilidade financeira.

Em quinto lugar, Awazu citou a manutenção da estabilidade macroeconômica e financeira como necessária, mas salientou que trabalhar para o crescimento através de reformas estruturais é fundamental. “Isso não apenas reforça os riscos de solvência e fundamentos, mas também permite mais margem de manobra para a melhoria social, que, por sua vez, obviamente, afeta positivamente a estabilidade das instituições e do bem-estar social”, considerou.

Ele resumiu essas atuações como algumas “boas e testadas” políticas e regras para enfrentar a volatilidade do fluxo de capitais e para construir a estabilidade macrofinanceira.

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