A B3 reportou lucro líquido recorrente de R$ 1,22 bilhão no segundo trimestre deste ano, queda de 0,8% em comparação ao mesmo intervalo do ano passado e de 1,5% frente ao primeiro trimestre. O lucro inclui impactos fiscais não recorrentes, despesas extraordinárias de M&A de R$ 18,5 milhões e amortização de intangível relacionado à incorporação da Cetip de R$ 127 milhões.
O lucro líquido atribuído a acionistas foi de R$ 1,09 bilhão no segundo trimestre, uma queda de 8,5% frente ao mesmo intervalo do ano passado e de 0,8% ante o primeiro trimestre.
As receitas totais somavam R$ 2,5 bilhões, recuo de 7,1% na comparação com o segundo trimestre do ano passado e de 2,3% em relação ao primeiro trimestre. No segmento listado, as receitas cederam 10,4% em 12 meses, para R$ 1,618 bilhão.
A B3 afirma, em seu release de resultados, que o segmento listado foi impacto por um segundo trimestre marcado pela continuidade das preocupações com o cenário macroeconômico global – com elevações nas taxas básicas de juros das principais economias do mundo para conter a escalada inflacionária -, enquanto no Brasil, o Banco Central seguiu com a postura contracionista e elevou a taxa básica de juros (Selic) para 13,25% em junho.
O volume financeiro médio diário negociado (ADTV) em ações atingiu R$28,8, bilhões no segundo trimestre do ano, representando uma queda de 13,1% e 7,6% em relação ao mesmo intervalo do ano passado e frente ao primeiro trimestre deste ano, respectivamente.
No segmento de derivativos listados o volume médio diário negociado (ADV) totalizou 4,3 milhões de contratos, em linha com o mesmo intervalo de 2021 e 3,3% abaixo do primeiro trimestre.
Por outro lado, informa a B3, o segmento de Balcão apresentou altas no estoque de instrumentos de renda fixa de 23,5% e 8,4% em relação ao segundo trimestre de 2021 e ao primeiro trimestre, respectivamente, atingindo R$ 4,6 trilhões ao final do trimestre, e de 23,1% e 11,8% nos mesmos respectivos intervalos na emissão desses ativos, que atingiu R$ 4 trilhões no trimestre.
Em relação ao desempenho financeiro, as receitas somaram R$ 2,5 bilhões, queda de 7,1% e 2,3% contra o segundo trimestre do ano passado e ao primeiro trimestre, respectivamente, principalmente devido aos menores volumes do segmento de Listados. As despesas da B3 somaram R$ 842,5 milhões no segundo trimestre, representando uma alta de 12,4% em 12 meses e queda de 1,6% no trimestre.
A B3 encerrou junho com ativos totais de R$ 47,4 bilhões, queda de 9,8% frente a dezembro. As disponibilidades e aplicações financeiras (circulante e não-circulante) totalizaram R$ 17,8 bilhões. De acordo com a bolsa, a posição de caixa inclui R$ 360 milhões em juros sobre o capital próprio e R$ 413 milhões, ambos pagos em julho.
O endividamento bruto estava em R$ 12,8 bilhões (75% de longo prazo e 25% de curto prazo), correspondente a 1,9x o Ebitda recorrente dos últimos 12 meses. O patrimônio líquido no final de junho era de R$ 20,7 bilhões, composto, principalmente, pelo capital social de R$ 12,5 bilhões e pelas reservas de capital de R$7,9 bilhões (contra R$8,3 bilhões em dezembro de 2021).