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Badan Royal Blood é a nova sensação do Reino Unido

O melhor guitarrista da temporada é um baixista. Mike Kerr, vocalista e baixista da banda-sensação do Reino Unido nesse momento: o Royal Blood é um power duo, como o White Stripes ou o Black Keys. Também flerta com o blues, com a sujeira do blues rock inglês dos anos 70.

Mike toca baixo, Ben Tatcher toca a bateria. Mike toca apenas um baixo barato Gretsch de fabricação chinesa, na verdade, mas usa alguns pequenos truques eletrônicos para fazê-lo soar como guitarra (2 amplificadores GVT para guitarra e um SVT para baixo, além de um pedal compressor e um equalizador). A mágica é que ele toca os dois ao mesmo tempo durante um show.

Já estão fazendo cabeças. O baterista dos Arctic Monkeys, Matt Helders, foi visto vestindo uma camiseta da banda durante o concerto do seu grupo no festival de Glastonbury. A imprensa especializada rasgou o verbo, incluindo NME, Clash, DIY e outros, e eles entraram na lista de bandas mais votadas do BBC Sound of 2014.
Um ouvinte desconfiado escreveu sobre o baixista, em um fórum de debates: “Eu tava convencido que tudo foi feito com overdubs no estúdio, mas ele soa exatamente igual ao vivo. Duca!”.

Mas Kerr não revela qual é o maior segredo, sua tábua de pedais. Ele é pianista de formação, e também toca guitarra, mas diz que não pega em nenhum desses instrumentos para compor. O seu lance é o baixo.

Surpreendentemente, Kerr diz que não tem o hábito de ouvir White Stripes ou Black Keys (cuja dialética é centrada em guitarra e bateria). “Sou na verdade um grande fã de bandas maiores, para ser honesto. Led Zeppelin, Queens Of The Stone Age.
Bandas de dois músicos não nos inspiram muito. Sempre quisemos soar como se fôssemos um quarteto com só duas pessoas. A maior parte dos duos querem explorar minimalismo e espaço, enquanto a gente é o oposto: queremos soar forte e preencher tudo. Gosto da ideia de tocar tão alto quanto possível”, afirmou.

A Warner Music enviou ao Estadão.com um arquivo do álbum de estreia do Royal Blood, que saiu há poucos dias. São 10 faixas de bom barulho, impulsionadas pelo falsete ultra-Jack White de Kerr (os berros são idênticos) e pela bateria poderosa de Tatcher (que foi comparado a um jovem Dave Grohl). As letras são de uma simplicidade pueril, não têm o artesanato dos seus rivais, mas têm grande eloquência pelos recados diretos e crus. Destaque para o primeiro singles, Out of the Black, e por blues como Blood Hands e Better Strangers.

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