Em um jogo com dois gols nos acréscimos do segundo tempo, Bahia e Atlético Mineiro empataram por 2 a 2 nesta segunda-feira, na Fonte Nova, no jogo que concluiu a 16ª rodada do Campeonato Brasileiro. O resultado tirou a equipe da casa da zona de rebaixamento e também impediu o time visitante de se aproximar da briga pela liderança.
Tecnicamente, o Bahia teve uma atuação fraca, apostando praticamente apenas nas jogadas aéreas para ameaçar o adversário. Ainda assim, conseguiu arrancar a igualdade após estar duas vezes em desvantagem, premiando, ao menos, a sua luta. E o resultado levou o time a ascender para a 15ª posição, com 17 pontos, deixando o Santos na zona de rebaixamento, ao lado de Atlético Paranaense, Paraná e Ceará.
Já o Atlético-MG chegou aos 27 pontos no Brasileirão, em quarto lugar, mas agora a sete do líder do Flamengo. Superior ao adversário, o time contou com atuação inspirada do colombiano Chará, que participou da jogada dos seus gols, mas se preocupou mais em sustentar a vantagem, sem atacar um adversário que lhe dava espaços no sistema defensivo.
O Bahia voltará a entrar em campo pelo Brasileirão no domingo, quando vai visitar o Fluminense, no Maracanã, pela 17ª rodada. No dia seguinte, o Atlético-MG receberá o Internacional, no Independência.
O JOGO – Sem poder contar com os suspensos Lucas e Zé Rafael, o técnico Enderson Moreira promoveu as entradas de Douglas Grolli e Marco Antônio, respectivamente no Bahia. Enquanto isso, o Atlético-MG teve os retornos de Matheus Galdezani e Luan, que cumpriram gancho na rodada anterior. Além disso, Gabriel ganhou oportunidade na zaga em função da ausência de Leonardo Silva, poupado. E Juninho foi improvisado na lateral esquerda porque o titular Fábio Santos está contundido.
Mas mesmo cheio de alterações, o Atlético-MG se impôs nos minutos iniciais do duelo e abriu o placar com uma dessas novidades: Galdezani. Logo aos quatro minutos, em uma grande jogada coletiva, mas com brilho principalmente de Chará. Após cruzamento de Patric cortado pela defesa do Bahia, o colombiano, que havia iniciado o lance, ficou com a bola e, ao mesmo que deu um corte em Gregore, deu um passe curto para Galdezani finalizar às redes.
Chará continuou sendo a peça mais perigosa do Atlético-MG no setor ofensivo, chegando a criar mais alguns lances perigosos, especialmente em contra-ataques. Mas o time diminuiu o seu ímpeto ofensivo e viu o Bahia buscar a igualdade. A equipe enfrentou dificuldade quando tentava tocar a bola para ameaçar o adversário. Mas foi muito perigoso em jogadas aéreas. Foi desse modo que Tiago parou em Victor aos 34 minutos. E logo depois, aos 36, Bruno cruzou para Edigar Júnio, que deu cabeceio forte, com a bola passando rente à trave, já com o goleiro batido.
Na etapa final do duelo, o Bahia seguiu com uma única alternativa para ameaçar o Atlético-MG: as jogadas aéreas. Foi assim que mais uma vez Tiago, zagueiro que já teve passagem pela equipe mineira, voltou a assustar os adversários, mas parando em Victor, aos 12 minutos.
Porém, o Bahia não conseguia ser tão perigoso, cometendo erros tolos e um deles até perigoso, aos 17, quando Tiago cortou mal um cruzamento de Patric e forçou o goleiro Anderson a fazer uma defesa difícil. O lance foi uma amostra do nervosismo do Bahia, pressionado pelo risco de rebaixamento, diante de um Atlético-MG, praticamente preocupado apenas em segurar a vantagem, atuando recuado. Além disso, Cazares, que estava afastado dos jogos do time porque negociava a sua transferência ao exterior, entrou mal no jogo, matando vários contra-ataques do time.
Só que a estratégias custou caro aos 38 minutos, quando o sistema defensivo falhou, em uma rápida cobrança de falta do Bahia. No lance, Régis acionou Gilberto, livre, que entrou sozinho na grande área, finalizando para as redes e igualando o placar: 1 a 1.
A partida parecia decidida, mas teve outros dois gols nos acréscimos. Aos 46, em nova jogada construída por Chará, o colombiano colocou Ricardo Oliveira cara a cara com o goleiro e tocou na saída do goleiro. Só que o Bahia igualou no último lance do jogo. Após cobrança de lateral de Léo, Patric cortou mal, mandando a bola nos pés de Régis, que finalizou, fazendo 2 a 2.
FICHA TÉCNICA:
BAHIA 2 x 2 ATLÉTICO-MG
BAHIA – Anderson; Bruno, Tiago, Douglas Grolli e Léo; Gregore, Elton, Vinícius (Régis) e Marco Antonio (Mena); Edigar Junior (Élber) e Gilberto. Técnico: Enderson Moreira.
ATLÉTICO-MG – Victor; Patric, Gabriel, Iago Maidana e Juninho; José Welison, Matheus Galdezani (Cazares) e Elias (Bruno Roberto); Chará, Ricardo Oliveira e Luan (Terans). Técnico: Thiago Larghi.
GOLS – Matheus Galdezani, aos quatro minutos do primeiro tempo; Gilberto, aos 38, Ricardo Oliveira, aos 46, e Régis, aos 48 minutos do segundo tempo.
ÁRBITRO – Wilton Pereira Sampaio (Fifa/GO).
CARTÕES AMARELOS – Bruno, Douglas Grolli, Vinicius e Regis (Bahia); Victor e Patric (Atlético-MG).
RENDA – R$ 275.777,00.
PÚBLICO – 15.993 pagantes.
LOCAL – Fonte Nova, em Salvador (BA).