Economia

Baixo preço da energia eólica é fruto de questões conjunturais, diz ABEEólica

O preço da energia eólica no leilão A-4 realizado nesta quarta-feira, 4 – de R$ 67,6 por megawatt-hora, o que representou deságio de 73,5% frente o preço máximo estabelecido -, é fruto de questões conjunturais brasileiras, como, por exemplo, o grande volume capacidade ofertado e a baixa demanda relatada pelas distribuidoras, avaliou a Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica).

A entidade lembrou que o setor ficou dois anos sem leilão – de novembro de 2015 a dezembro de 2017 – e avalia que isso causou um grande represamento de projetos. “Ainda que a queda dos preços das eólicas seja uma tendência global, no caso do Brasil ainda é cedo para afirmar que o setor encontrou uma média de preços que venha a ser adequada para um cenário futuro, com economia crescendo e com contratações de energia que atendam às necessidades de expansão da matriz elétrica brasileira”, afirmou.

A declaração está em linha com a avaliação de autoridades governamentais, que consideraram o preço um fato possivelmente isolado, tendo em vista que foi contratado um baixo volume proveniente dessa fonte, em quatro projetos provenientes de um mesmo empreendedor.

A ABEEólica também sugere que as decisões estratégicas que podem ter incluído a venda de parte da energia no mercado livre, o que significa que o valor apresentado não seria exatamente o “preço puro da energia no leilão”, já que a receita proveniente do valor vendido no leilão seria balanceada com receitas que virão de venda da energia a outros valores, no mercado livre.

O leilão A-4 comercializou 114,4 MW de capacidade eólica, em 4 projetos localizados na Bahia, que exigirão mais de R$ 600 milhões em investimentos.

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