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Balada no Jardim Cumbica tira sossego de moradores

Uma balada que acontece todos os domingos na rua Porto Velho, no Jardim Cumbica, está acabando com o sossego dos moradores da região.  Segundo contam, o movimento começa por volta das 22h e prossegue até o amanhecer de segunda-feira. 
 
São vários os problemas que afetam os moradores. Carros ficam parados na frente das garagens, atrapalhando a entrada e saída, já que é quase impossível localizar os donos dos veículos. Muitos passam de moto em cima das calçadas. “Temos crianças, idosos, pessoas doentes. Uma senhora enfartou em setembro e veio a falecer dentro de casa de tanto nervoso”, conta um morador. 
 
Quando acionada, a Polícia Militar informa que não pode fazer nada, já que não teria estrutura para coibir esse tipo de ocorrência, segundo informa a população. O morador conta que a Prefeitura fechou a casa por cinco meses, mas ela foi reaberta e hoje esta cada dia pior. “Às vezes tem nas quintas-feiras também”
 
“Ao sair pela manhã, encontramos garrafas e drogas nas calçadas e até do lado de dentro dos portões, porque eles jogam por todo lado. Eles urinam, usam drogas, brigam, praticam sexo nos cantos dos muros. Vemos jovem armados, corremos vários riscos, com certeza deve até haver venda de drogas. Até quando vamos viver reféns disso? Como que ninguém pode fazer nada? nao sabemos mais pra quem recorrer. Os donos do estabelecimento falam que se descobrirem quem liga para polícia ou algo do tipo vão colocar fogo na casa. Eles dizem que precisam trabalhar. Isso é trabalho?”, desabafou. 
 
OUTRO LADO
 
Em resposta a duas publicações feitas pelo GuarulhosWeb sobre a realização de bailes funk na região dos Pimentas e de uma balada no Jardim Cumbica, o major Eduardo Zottino de Andrade, comandante interino do 44º Batalhão da Polícia Militar, de Guarulhos, informou que o controle dessas situações que, tanto incomodam os moradores, não depende apenas da polícia. 
 
Confira a íntegra da nota enviada ao GuarulhosWeb:
 
Os eventos sociais em áreas abertas, denominados de “bailes funks”, tornaram-se rotineiros em algumas áreas da capital e da região metropolitana como um todo.
Em algumas datas deste ano computamos mais de dez bailes ocorrendo de forma simultânea somente na área do 44ºBPM/M, incluindo a região de Cumbica e Pimentas. 
Trata-se de um quadro complexo, posto que de um lado vemos centenas de pessoas, moradores, que têm parte de sua tranquilidade violada e, de outro lado, centenas, às vezes milhares de jovens que querem se divertir na região em que residem.
Esta solução, indubitavelmente, não será encontrada exclusivamente com ações repressivas da Polícia Militar, mas deve passar pelo envolvimento de outros órgãos de fiscalização, como Secretaria de Desenvolvimento Urbano (para fiscalizar e autuar os comerciantes que patrocinam as festas, fechando os estabelecimentos se necessário), Secretaria de Trânsito (para fiscalizar o uso indevido de vias), Conselho Tutelar (para verificar a vulnerabilidade em que se encontram os adolescentes), Polícia Civil (para indiciar os organizadores que porventura incorram em contravenção penal) e principalmente pelo Poder Legislativo, para que crie normas que regulem o uso dos espaços urbanos e, eventualmente penalizem os infratores, quando a conduta delituosa assim se fizer exigir.
A limitação real de recursos humanos impede que a polícia esteja presente em todos os eventos, todos os dias, mesmo por que há diariamente outras ocorrências de natureza grave e urgente, que envolvem riscos à integridade física e à vida das pessoas e que exigem resposta imediata da polícia. 
A Polícia Militar em Guarulhos desdobrar-se-á para que minimize o desconforto da população, e continuará atuado em bailes funk como vem fazendo, monitorando sua organização e procurando direcionar o policiamento para os eventos que causem maior impacto na segurança pública da região.
 
 

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