A balança comercial brasileira registrou em maio um superávit de US$ 2,761 bilhões, resultado de exportações de US$ 16,769 bilhões e importações de US$ 14,008 bilhões. Em maio do ano passado, a balança teve um superávit de US$ 711 milhões. Este é o melhor resultado para o mês de maio desde 2012. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira, 1, pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
Na quarta semana de maio (25 a 31), a balança teve um superávit de US$ 813 milhões, com vendas externas de US$ 3,926 bilhões e importações de US$ 3,113 bilhões.
O saldo positivo de maio superou o teto das expectativas de mercado, que apontavam para um superávit comercial de US$ 2 bilhões a US$ 2,6 bilhões, de acordo com levantamento do AE Projeções com 16 instituições. A mediana das estimativas apontava para um superávit de US$ 2,450 bilhões.
No acumulado do ano até maio a balança continua no vermelho, com déficit de US$ 2,305 bilhões. As exportações somaram US$ 74,70 bilhões nos primeiros cinco meses deste ano e as importações totalizaram US$ 77,005 bilhões. No ano passado, o déficit até maio foi maior, de US$ 4,860 bilhões.
Exportações
Nos primeiros cinco meses deste ano, as exportações brasileiras registraram média diária de US$ 739,6 milhões, queda de 16,2% em relação ao mesmo período do ano passado. Já as importações registraram média diária de US$ 762,4 milhões, recuo de 18,1% em relação ao mesmo período de 2014.
As exportações de básicos nos cinco primeiros meses do ano caíram 23,1%, para US$ 34,502 bilhões, resultado explicado pela venda menor de minério de ferro (-48,8%), soja em grão (-29,7%), carne bovina (-24,4%) e carne suína (-18,1%). Os embarques de manufaturados caíram 10,8%, para US$ 27,679 bilhões, com queda principalmente em óleos combustíveis (-62,2%), bombas e compressores (-25,1%), motores e geradores (-24,7%) e máquinas para terraplanagem (-23,4%).
Já as exportações de semimanufaturados caíram 2,9% até maio, para US$ 10,540 bilhões, puxadas pelas menores vendas de couros e peles (-13,1%), açúcar em bruto (-11,6%), óleo de soja em bruto (-9,1%) e ferro-ligas (-8,7%). Os principais países de destino das exportações foram China, com US$ 13,734 bilhões, seguida por Estados Unidos (US$ 9,717 bilhões) e Argentina (US$ 5,203 bilhões).
No acumulado de janeiro a março, caíram as compras de combustíveis e lubrificantes (-34,6%), matérias-primas e intermediários (-15,3%), bens de capital (-14,7%) e bens de consumo (-13,6%). Os principais países de origem das importações até maio foram China, com US$ 14,442 bilhões e Estados Unidos, com US$ 11,881 bilhões.