As informações são do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) e a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Para o diretor do Ciesp Guarulhos, Daniele Pestelli, o cenário depende de mudanças nas políticas macroeconômicas na esfera nacional.
No ranking estadual sobre exportações do Ciesp, que abrange 39 regiões, o município ocupa a sétima posição. O montante passou de US$ 1,20 bilhão no acumulado de 2009 para US$ 1,57 bilhão no acumulado de 2010. Já a corrente de comércio exterior da região cresceu 32,9% nos nove primeiros meses de 2010, passando de US$ 2,74 bilhões de janeiro a setembro de 2009 para US$ 3,64 bilhões em igual período de 2010.
Na contramão, as importações aumentaram em 34,8%, registrando US$ 2,07 bilhões no acumulado até setembro de 2010, frente a US$ 1,53 bilhão no mesmo período de 2009. Com isso, a balança comercial da região aumentou seu saldo negativo de US$ 328,7 milhões de janeiro a setembro de 2009, para um déficit de US$ 494,1 milhões em igual período de 2010.
Pestelli explica que a indústria de Guarulhos, por ser predominantemente de transformação, é a mais afetada. "Isto se deve a baixa da taxa acambial, que faz com os importados tenham preços mais apreciados", diz. O presidente aponta como fator primordial a desindustrialização constatada no Brasil. "Este processo é muito negativo e também observado na cidade. Uma solução é a inovação para que os empresários consigam atrair mais clientes, mesmo a preço maior".
A cidade está a frente de municípios com proporções semelhantes. Osasco, por exemplo, foi na décima oitava posição no ranking da Ciesp, que constatou crescimento de 11,4% em exportações. Em contrapartida, a cidade está abaixo de Campinas, que ocupa o quinto lugar do ranking.Guarulhos concentrou 95,9% das exportações regionais, comdestaque para produtos químicos (US$ 73,2 milhões) e geradores, transformadores. O Aeroporto Internacional de Guarulhos, em Cumbica, desenvolve um papel importante, participando em 45,8% das remessas feitas ao exterior. (DA)