Os primeiros ministros dos países dos Bálcãs Ocidentais entraram em acordo neste sábado sobre um roteiro para aprofundar sua cooperação econômica regional, como parte do processo de adesão à União Europeia. O acordo foi alcançado em uma reunião na cidade portuária albanesa de Durrës, onde o primeiro-ministro albanês, Edi Rama, hospedou seus pares da Sérvia, Kosovo, Bósnia e Herzegovina, Macedônia e Montenegro.
O primeiro-ministro albanês disse que seus colegas concordaram em um plano de 115 pontos que geraria uma “transformação fundamental do movimento de bens, serviços, capital e profissionais qualificados, para tornar a região mais atraente para investimento, flexível no intercâmbio comercial, acelerando seu crescimento econômico e bem-estar no longo caminho para a UE”.
O Comissário para a ampliação da UE, Johannes Hahn, e o vice-presidente do Banco Mundial, Cirilo Muller também participaram da reunião. Segundo Hahn, os participantes discutiram como implementar os 115 itens. Ele lembrou que, embora a troca comercial de bens entre países membros da UE e os seis países dos Bálcãs Ocidentais dobraram na última década para 46 bilhões de euros (US$ 54 bilhões), os laços bilaterais na região não mudaram.
“A criação de uma área econômica é algo que sustenta a aspiração europeia, mas isso também ajuda os países a uma melhor perspectiva”, disse Hahn. “Finalmente, tudo é feito no interesse dos cidadãos, melhorando as condições de vida dos cidadãos”.
No mês passado, os líderes reuniram-se na Itália para uma cúpula oficial da UE focada em impulsionar o crescimento econômico através de relações inter-regionais mais fortes. Todos estão em diferentes estágios de integração com a UE. O processo oficial de ampliação da UE deve acontecer até 2019.
Hahn também alertou os albaneses e os cidadãos de outros países dos Bálcãs a não se candidatarem a asilo nos países membros da UE, dizendo que tais ações eram “prejudiciais” para os lugares de onde os residentes querem sair. “Isso mostra que o país ainda não está maduro para a UE”, disse.
Rama concordou que “o asilo não era opção” para os albaneses que iriam a Europa Ocidental “para uma vida melhor, um emprego”.
Hahn também elogiou a Macedônia e a Sérvia pela resolução de uma recente crise diplomática de maneira “tão rápida que não houve tempo para se envolver”. “Não havia necessidade”, acrescentou.
A Sérvia retirou toda a equipe diplomática da Macedônia no último domingo, acusando seu vizinho de planejar “atos muito ofensivos” não especificados contra interesses sérvios. A Macedônia negou qualquer inconveniência, acrescentando que não tinha espiado e não planejava espionar a Sérvia. A equipe da embaixada retomou as atividades consulares na República da Macedônia na sexta-feira, depois que o presidente da Sérvia e o primeiro-ministro da Macedônia concordaram em trabalhar juntos para melhorar as relações bilaterais.
Fonte: Associated Press