Diante de um possível anúncio de renúncia da presidência da Câmara, por parte do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), integrantes da bancada do PSDB da Casa se reúnem nesta terça-feira, 21, para iniciar as discussões sobre a sucessão do peemedebista.
O encontro dos tucanos, previsto para começar ao meio-dia, ocorrerá no mesmo dia em que Cunha deve realizar uma coletiva à imprensa em que deverá falar sobre a sua permanência no comando da Câmara.
“Vamos fazer amanhã uma reunião da bancada para começar a discutir esse assunto”, afirmou o líder do PSDB, Antônio Imbassahy (BA).
O tucano nega haver uma articulação em curso com lideranças do PT e do PCdoB para se apresentar um nome de consenso do grupo para disputar a cadeira de presidente da Câmara, caso ela venha a ficar vaga. Imbassahy ressalta ainda que não está descartada uma composição com o chamado Centrão (formado por PP, PR, PSD e PTB) para a escolha de um sucessor de Cunha.
“Primeiro temos que fazer uma escolha sem descriminar partidos ou grupos, até porque os antecedentes de dificuldades que a Câmara está vivenciando nos últimos meses recomenda muita cautela nesta decisão”, considerou. “Não tem essa de estar isolando grupo tal ou partido tal. Nosso pensamento é que na hora que for instalado esse processo, que está se aproximando em função da perspectiva concreta da vacância do cargo, dar início a essas conversações”, acrescentou.
O presidente interino da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão (PP-MA), retirou nesta segunda-feira, 20, da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) a consulta que poderia ajudar o presidente afastado da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a reverter em plenário seu pedido de cassação aprovado pelo Conselho de Ética na semana passada.
A intenção do parlamentar maranhense de retirar a consulta foi adiantada pelo Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, na última sexta-feira, 17. Em sua decisão, o parlamentar maranhense determinou o arquivamento da consulta.