A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) afirmou nesta segunda-feira, 31, em nota, que as paralisações de rodovias por caminhoneiros que ocorrem em vários locais do País podem gerar desabastecimento e impactar a cadeia produtiva. A bancada ressaltou que respeita o direito à manifestação, mas pediu que as rodovias sejam liberadas para cargas vivas, ração, ambulâncias e produtos de primeira necessidade.
"A Frente Parlamentar da Agropecuária entende que o momento é delicado e respeita o direito constitucional à manifestação, porém ressalta que o caminho das paralisações de nossas rodovias impacta diretamente os consumidores brasileiros, no possível desabastecimento e em toda a cadeia produtiva rural do País", disse a FPA, na nota.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou mais cedo que havia 211 pontos de interdições, bloqueios ou manifestações em rodovias do País, em resposta ao <i>Broadcast Agro</i>. Há ocorrências em pelo menos 16 Estados: Alagoas, Amazonas, Acre, Rio Grande do Norte, Roraima, Maranhão, Pará, Rio de Janeiro, Goiás, São Paulo, Minas Gerais, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Rondônia e Paraná.
"Fazemos um apelo para que as rodovias sejam liberadas para cargas vivas, ração, ambulâncias e outros produtos de primeira necessidade e/ou perecíveis", afirmou a FPA, em outro trecho da nota.
Desde a noite de ontem, após a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a Presidência, manifestantes interditam rodovias pelo País. Eles pedem a intervenção do Exército. Há registro de envolvimento de caminhoneiros e produtores rurais nos atos.