A adesão das agências fluminenses no primeiro dia de greve dos bancários atingiu 32%, de acordo com o Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro. Ao todo 688 delas fecharam as portas, de um total de 2.143 unidades. Na capital, cerca de 200 de 1.258 agências bancárias interromperam atividades, uma adesão de 16%. As unidades fechadas se concentram no centro (180) e em Campo Grande (20). Os caixas eletrônicos funcionaram normalmente.
Também ficaram fechados cinco prédios administrativos do Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Bradesco e Santander. Amanhã haverá uma assembleia para avaliar o movimento.
Entre as reivindicações da categoria estão reajuste salarial de 12,5%, com a recomposição da inflação (pelo INPC) e aumento real de 5,8%, elevando o piso salarial a R$ 2.979,25. Também estão na pauta pontos como 14º salário, participação nos lucros e vales-alimentação e refeição. A greve foi deflagrada porque a categoria não aceitou a proposta de reajuste salarial de 7,35% feita na semana passada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).
“Nossa proposta não é nenhum absurdo se levarmos em conta a lucratividade de 16% do setor e aumentos de tarifas desde o ano passado”, disse a presidente do sindicato no Rio, Adriana Nalesso. Segundo ela, também estão em debate temas como assédio moral, saúde e condições de trabalho e emprego. “Mais de 5.500 postos de trabalho foram cortados nos últimos 12 meses”, afirma ela, que considerou a adesão positiva para o primeiro dia de greve.
Na quinta-feira, 2, às 16h, os bancários do Rio farão um protesto em frente à sede local do Banco Central, na Avenida Presidente Vargas, uma das principais vias do centro da cidade. O movimento será replicado em todo o País.
Em 2013, os bancários também entraram em greve. A paralisação durou 23 dias e terminou com um reajuste de 8%, um ganho real de 1,82%.