O Banco Mundial cortou drasticamente suas projeções para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) da China tanto em 2022 quanto em 2023, segundo relatório semestral de perspectiva econômica divulgado nesta terça-feira, 10.
No documento, a instituição aponta que a atividade econômica chinesa se deteriorou de forma marcante no ano passado, em meio a severas restrições adotadas para combater a covid-19, secas que atingiram níveis inéditos e a persistente crise do setor imobiliário.
Neste quadro desfavorável, o Banco Mundial estima que o avanço do PIB chinês desacelerou para 2,7% em 2022, que seria seu pior resultado desde meados da década de 70. Há seis meses, a previsão era de alta de 4,3%. Em 2021, a segunda maior economia do mundo cresceu 8,4%, segundo revisão oficial feita no fim de dezembro.
Para 2023, a instituição projeta alta mais robusta do PIB chinês, de 4,3%, à medida que a reversão da política de "covid zero" de Pequim liberar o consumo reprimido. No relatório anterior, contudo, o Banco Mundial acreditava que a China cresceria 5,2% este ano.
A revisão para 2023 foi atribuída a transtornos ligados à covid "mais duradouros do que o esperado", demanda externa mais fraca e persistente fraqueza no setor imobiliário.
Já para 2024, o Banco Mundial agora prevê alta de 5% do PIB chinês, representando ligeiro ajuste em relação à estimativa anterior, de 5,1%.