Estadão

Banco Mundial prevê desaceleração na China, com consumo fraco e riscos no setor imobiliário

O Banco Mundial prevê que a economia da China enfrentará uma desaceleração este ano e no próximo, em meio à cautela de consumidores e à medida que riscos persistentes no mercado imobiliário pressionam os investimentos. No relatório Prospectos da Economia Global, divulgado nesta terça-feira, 9, a instituição projeta que o Produto Interno Bruto (PIB) chinês crescerá 4,5% em 2024 e 4,3% em 2025, após o avanço estimado de 5,2% em 2023. Na edição anterior, de junho, as projeções eram de expansão de 5,6% em 2023, 4,6% em 2024 e 4,4% em 2025.

A entidade multilateral avalia que, embora o apoio do governo possa impulsionar os gastos com infraestrutura, há espaço fiscal limitado a nível das administrações locais para uma política expansionista.

"Ventos contrários estruturais devido ao aumento do endividamento, uma força de trabalho envelhecida e em contração, e menor espaço para recuperação de produtividade deverão pesar sobre a atividade econômica", afirma a instituição.

Para o restante dos emergentes, a expectativa do Banco Mundial é de que a piora no cenário chinês seja compensada por um desempenho econômico mais firme em outras regiões.

A instituição projeta que a economia desses países, em bloco, terá alta de 3,9% este ano e de 4,0% no próximo.

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