O total de recursos liberados pelos bancos de montadoras para financiamento de veículos voltou a cair em maio. Balanço divulgado nesta quinta-feira pela Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras (Anef) mostra que, no quinto mês do ano, essas instituições destinaram R$ 7,429 bilhões a operações de leasing e crédito direto ao consumidor (CDC), o equivalente a queda de 2,67% em relação a abril e recuo de 18,11% na comparação com maio de 2014.
Com o resultado, os bancos de montadoras já liberaram R$ 39,092 bilhões para financiamento de veículos em 2015 até maio, 10,7% a menos do que em igual período do ano passado.
Com a diminuição dos recursos liberados, o estoque de crédito para compra de veículos concedido pelos bancos de montadoras encolheu para R$ 200,6 bilhões em maio, montante 1,3% menor do que o estoque até abril e 8,1% inferior ao de maio do ano passado.
Com isso, o saldo de crédito para aquisição de veículos por consumidores e empresas caiu para 3,5% do PIB em maio deste ano, ante 4,1% do PIB no mesmo mês de 2014. “Torna-se cada vez mais difícil visualizar o momento em que haverá o esperado início da estabilização e posterior melhora em nosso segmento”, avaliou o presidente da Anef, Décio Carbonari, em nota.
Juros
O balanço da Anef mostra ainda que as taxas de juros oferecidas pelos bancos das montadoras subiram novamente em maio para 1,56% em média ao mês e 20,41% ao ano. Até abril, eram de 1,54% e 20,12%, respectivamente.
A entidade ressalta, contudo, que elas ainda continuam mais atrativas ao consumidor do que as taxas concedidas pelos bancos de varejo. Segundo a Anef, a taxa do CDC oferecida pelo bancos tradicionais em maio era de 1,86% em média ao mês e de 24,8% ao ano, para pessoa física, e de 1,64% ao mês e 21,5% ao ano, para as empresas. O prazo máximo disponibilizado pelos bancos das montadoras para financiamento foi mantido em 60 meses.
A inadimplência para pessoa física, por sua vez, ficou em 5,4% em maio, 0,1 ponto porcentual a mais que abril, mas 0,3 ponto menor que os 5,7% registrados em maio do ano passado. Já inadimplência de pessoa jurídica acima de 90 dias subiu para 4%, maior do que os 3,9% em abril e do que os 3,4% registrados no mesmo mês do ano passado.