Cidades

Banda guarulhense resgata nostalgia das fitas cassete em clipe

Em tempos onde o passado é “cringe”, a banda Mariá lança novo clipe que mergulha de cabeça nos anos 80. Em “Sol da Manhã”, a protagonista é uma clássica televisão “tubão” e uma fita cassete que acompanha toda a vida de um personagem, desde a infância até fase mais adulta, passando pela juventude.

No clipe, que tem como centro o sofá de uma casa, é explorada essa relação de amizade com a TV, a mídia que foi ícone e grande disseminadora da música entre os anos 50 até o fim dos 90. Para ressaltar essa referência, alguns frames são gravados com VHS.

Em viagem no tempo, a banda entra na vibe 80s dos pés à cabeça. O figurino e toda cenografia tem um gostinho da série da Netflix Stranger Things, que revive a época de ouro do jeans, das bandanas e polainas. A estética conversa propositalmente com a sonoridade da música: um rock pop on roadie, com pegada leve de estrada, juventude e cabelos aos vento. No ritmo, a base de bateria e guitarra se somam ao groove do baixo trazendo a estrutura clássica do rock com boa dose de brasilidade.

A letra, que traz inspirações budistas do vocalista Almir Gomes, aborda a atmosfera pacífica das manhãs e sugere otimismo para as novas chances, que renascem a cada novo dia. No fim, a ideia é mostrar que tudo que nos desperta para a vida, marcam épocas e gerações: momentos que ficam na memória.

Para os próximos meses, a banda se prepara para lançar um novo EP gravado no El Rocha, estúdio da Família Takara (Daniel Ganjaman, Fernando Sanches, Maurício Takara e Claudio Takara), onde já passaram grandes nomes como Sabotage, Criolo, Baiana System, Rael, Planta e Raiz, Maneva, entre outros.

A filmagem de “Sol da Manhã” conta assistência do cantor e multiartista Novíssimo Edgar, além de Renato Pascoal (Direção), Camila Rhodes (Direção de Arte), Felipe Demori (Produção), Lidia Lidia Lidia (Montagem) e Lucas Cavalcante (Camêra VHS). Os personagens são da mesma família: Edson Sigueyoshi Hamazaki (mais velho), Rafael Satoru Hamazaki (jovem) e Lucas de Toledo Hamazaki (criança). O som foi gravado, mixado e masterizado por Fernando Uehara e Danilo de Souza (Estúdio Toth). O projeto foi financiado pela Lei Aldir Branc, FunCultura.

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