O diretor geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico, Luiz Eduardo Barata, descartou nesta quarta-feira, 17, que haja risco de racionamento, mas reconheceu que o consumidor deve permanecer pagando mais caro pela energia elétrica, devido ao acionamento de usinas térmicas.
“Não temos risco de desabastecimento, mas o de ficar com uma conta muito alta é grande”, alertou Barata.
A expectativa é que a cobrança extra em vigor atualmente pelo acionamento da bandeira vermelha sobre as contas de luz – que prevê a cobrança adicional de R$ 3,00 a cada 100 kwh consumidos – permaneça pelo menos até o fim do período seco. A partir de novembro, quando tem início o período úmido, pode haver uma melhora, contou Barata.
“As nossas avaliações são que ao longo do período de seca o preço vai subir, até porque vamos necessitar cada vez mais das nossas usinas térmicas”, justificou ele, após participar do 14º Encontro Nacional de Agentes do Setor Elétrico (Enase), no Rio.
Barata lembra que parte do custo maior da produção de energia é repassada imediatamente ao consumidor através do mecanismo das bandeiras tarifárias, mas parte pode ficar oculta e ser transmitida apenas na época da revisão tarifária, no ano seguinte.
“Não sou contra, ao contrário, tenho admiração pelas térmicas. Se o lado benéfico delas é por serem presumíveis, gerenciáveis, o fato de termos controle sobre o combustível, por outro lado há o custo. Vamos ao longo do período seco precisar das térmicas”, completou.