O Barcelona anunciou que irá aderir à greve geral na Catalunha, convocada por sindicatos e associações para esta terça-feira pela independência da região do governo de Madri. Nenhuma das equipes de futebol (profissional e categorias de base) do clube deverá desenvolver qualquer atividade prática.
A sede do Barcelona também deverá ficar fechada como reação às tentativas das autoridades espanholas de impedir o referendo, realizado no último domingo, pela independência da Catalunha. Centenas de civis, a grande maioria mulheres e idosos, ficaram feridos devido à ação violenta da polícia.
O time barcelonista tentou adiar a partida contra o Las Palmas, pela sétima rodada do Campeonato Espanhol, no último domingo, no estádio Camp Nou. Mas a diretoria recuou por entender que haveria punições por parte da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF, na sigla em espanhol) e a participação do Barcelona no campeonato nacional seria prejudicada. Os dirigentes preferiram realizar o jogo com os portões fechados.
“Sabíamos que um Camp Nou vazio enviaria uma mensagem poderosa. Todo mundo perguntaria sobre o que está acontecendo na Catalunha. O jogo foi transmitido ao redor do mundo. Foi uma medida extraordinária para um momento extraordinário. A notícia da suspensão duraria um minuto. No fim, o que fizemos durou 90 minutos”, explicou o presidente do time catalão, Josep Bartolomeu, em entrevista concedida nesta segunda-feira.
Outros dois clubes catalães que disputam o Campeonato Espanhol também deverão aderir ao movimento grevista. O Espanyol disse que vai respeitar a decisão dos funcionários do clube sobre o assunto e que os jogadores farão somente atividades físicas no centro de treinamento do clube, que permanecerá com os portões fechados.
Já o Girona anunciou que vai permanecer fechado nesta terça-feira em protesto pela repressão da polícia espanhola contra os cidadãos catalães. “O clube condena as ações violentas e repressivas realizadas neste domingo na Catalunha e mostra seu apoio e solidariedade com os cidadãos do país e instituições”, afirmou o comunicado emitido pelo Girona.