Barcelona e Manchester United já disputaram o título da Liga dos Campeões em duas oportunidades, com os espanhóis levando o título em ambas (2009 e 2011). Na história do torneio, ergueram oito taças, sendo 5 a 3 para os catalães. Nesta quinta-feira, as equipes se enfrentaram pelas oitavas de final da Liga Europa em confronto que relembrou os tempos áureos das equipes na principal competição europeia. Em jogo bastante disputado e repleto de chances de gol, empate por 2 a 2 no Camp Nou e vaga indefinida para a partida de volta, daqui uma semana, em Old Trafford.
Depois de um primeiro tempo marcado por grandes defesas de De Gea e Ter Stegen, os ataques desencantaram na etapa final. Em 13 minutos elétricos, Alonso abriu o marcador e Rashford e Koundé, contra, viraram o placar para o United. Os ingleses poderiam ampliar se caprichassem na frente. Mas um erro em saída de Casemiro custou o empate. O volante perdeu para Koundé, que serviu Raphinha, aos 31 minutos. O brasileiro tentou cruzar, Lewandowski não tocou na bola, mas ela acabou nas redes para fechar o ótimo empate por 2 a 2.
O primeiro tempo foi movimentado no Camp Nou e os goleiros evitaram que o placar fosse aberto. Quem teve a grande chance primeiro foi Rashford. Após saída errada da defesa espanhola, ele recebeu livre e bateu colocado para voo de Ter Stegen.
Logo depois, o Barcelona respondeu com o lateral Jordi Alba. Ele bateu, a bola desviou no defensor e De Gea mandou para escanteio. Além de lamentar o gol perdido, o técnico Xavi ainda teve de substituir o jovem Pedri, que também falhou em boa chance na área, machucado.
Antes do intervalo, Ter Stegen voltou a trabalhou bem para evitar um castigo ao Barcelona, melhor nos 45 minutos iniciais. Werghorst saiu na cara do goleiro, que defendeu bem a finalização do centroavante holandês.
A etapa final não tinha um minuto de bola rolando ainda e o brasileiro Raphinha já havia arrancado o "uh" da torcida com bomba muito perto do gol. A resposta imediata veio com Sancho desperdiçando após falha na marcação. O gol finalmente saiu aos 4 minutos, com Alonso, de cabeça. A comemoração, discreta, foi com dedos aos céus. O espanhol homenageou seu pai, morto faz uma semana.
Não deu nem tempo para os catalães comemorarem. Dois minutos mais tarde, Rashford igualou o marcador em batida rasteira, entre Ter Stegen e a trave. O brasileiro Fred, que bobeou no gol do Barcelona, deu a assistência para se redimir. Aos 13 veio a virada. Koundé tentou cortar e mandou contra as próprias redes.
O Barcelona sentiu o golpe e viveu alguns minutos de instabilidade que poderiam definir a eliminatória. Sancho, Fred e Rashford falharam na hora de ampliar o placar. Xavi mexeu a equipe e, aos poucos, o equilíbrio retornou. E a igualdade saiu em lance de sorte de Raphinha, que cruzou e mandou no gol. Substituído antes do fim, o brasileiro saiu bravo e falando palavrões. O técnico minimizou a bronca.
O Barcelona terminou a partida dando o maior sufoco no United. Teve bola na trave (Casemiro tentou cortar e quase mandou contra), milagre de De Gea em chute à queima roupa, chute raspando de Ansu Fati e pedido de pênalti após toque no braço de Fred sem intenção. Apesar da pressão, o empate acabou confirmado.
Em outros jogos das oitavas de final, Ajax e Union Berlin ficaram no 0 a 0 na Holanda, enquanto a Roma visitou o Zalsburg e saiu derrotada por 1 a 0, gol de Capaldo nos minutos finais.
Já o Shakhtar Donetsk abriu vantagem sobre o francês Rennes ao ganhar, por 2 a 1, como mandante, mas em campo neutro. Por causa da guerra com a Rússia, o time ucraniano atuou em Varsóvia, na Polônia. Kryskiv abriu o placar aos 11 minutos e Bondarenko, de pênalti, ampliou, aos 45. Na fase final, Ekambi diminuiu.