A equipe holandesa AkzoNobel, que conta com a presença da brasileira Martine Grael, venceu a sexta etapa da Volvo Ocean Race, a regata de volta ao mundo. O percurso de 6 mil milhas náuticas aconteceu entre Hong Kong e Auckland, na Nova Zelândia.
O barco vencedor cruzou a linha de chegada na manhã desta terça-feira, após uma das disputas mais acirradas de todas as edições do evento. A equipe da brasileira foi lado a lado com o barco chinês da Sun Hung Kai e, no final, conseguiu terminar com dois minutos de vantagem sobre o adversário.
O tempo, para quem é leigo no assunto, parece grande. Mas se for levado em conta que a equipe holandesa demorou 20 dias, 9 horas e 17 minutos para cruzar a linha de chegada, dois minutos de vantagem não é quase nada.
Martine, campeã olímpica da Rio-2016, se tornou a primeira brasileira a vencer uma perna da regata. “O sentimento é incrível. Foi um clima muito tenso antes da chegada aqui na Nova Zelândia. Teve vento fraco, todo mundo se aproximando por trás com mais vento e foi muito tenso nas últimas 24 horas. Parecia uma pulga que não queria sair”, afirmou.
E vencer com emoção parece ser a sina de Martine. Vale lembrar que a conquista do ouro olímpico na classe 49er FX, ao lado de Kahena Kunze, também veio em uma final acirrada. “Sempre quis uma chegada monótona e fácil. Mas infelizmente isso não está sendo possível. Na Olimpíada e aqui sempre com emoção. Foi um clima muito intenso a bordo nas últimas 24 horas. Agora é comemorar, descansar e preparar para a próxima perna”, comentou.
A terceira colocação ficou com a equipe espanhola da Mapfre, que chegou 22 minutos depois da equipe holandesa. Em quarto, apareceu os chineses da Dongfeng Race Team e em quinto a equipe das Nações Unidas, da Turn the Tide On Plastic, terminando a prova 25 e 27 minutos, respectivamente. O sexto colocado foi o holandês Team Brunel, que terminou a etapa após 1 hora do vencedor.
A próxima etapa da regata valerá pontuação dobrada e terá como ponto final o Brasil. Sairá de Auckland rumo a Santa Catarina, na cidade de Itajaí. É uma das pernas mais difíceis da competição, como o trajeto nos mares do sul, com os limites de gelo, ondas gigantes e ventos fortes. O primeiro a contornar o Cabo Horn, o ponto mais meridional da América do Sul, ganhará uma pontuação extra.