Os Barômetros Globais Coincidente e Antecedente da Economia recuaram em abril sob influência da evolução desfavorável do ambiente econômico na região da Ásia, Pacífico & África, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV).
O Barômetro Econômico Global Coincidente encolheu 0,5 ponto em abril, para 85,2 pontos. Já o Barômetro Econômico Global Antecedente caiu 1,1 ponto, para 94,5 pontos.
"Os resultados dos barômetros globais em abril refletem a continuidade dos principais desafios no cenário econômico mundial, o acirramento de tensões geopolíticas e a resiliência do processo inflacionário. Apesar da fase mais aguda de problemas de oferta decorrentes das restrições sanitárias e dos conflitos armados ter sido por ora superada, o processo de desinflação nas principais economias mundiais ainda requer políticas restritivas, gerando expectativas de desaceleração da atividade econômica nos próximos meses", avaliou Paulo Picchetti, pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.
O Barômetro Coincidente reflete o estado atual da atividade econômica. O Barômetro Antecedente emite um sinal cíclico cerca de três a seis meses à frente dos desenvolvimentos econômicos reais. Os dois indicadores são produzidos pelo Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV) em colaboração com o Instituto Econômico Suíço KOF da ETH Zurique.
No Barômetro Global Coincidente, a região da Ásia, Pacífico & África contribui com -1,3 ponto para a queda de abril, enquanto o Hemisfério Ocidental influenciou em -0,3 ponto. Na direção oposta, a Europa impactou positivamente em 1,1 ponto no mês.
"O resultado reflete uma relativa acomodação do indicador, motivado pela volatilidade dos indicadores da China, que vinham avançando bem após o fim da política de Covid zero", justificou a FGV.
No Barômetro Global Antecedente, a Ásia, Pacífico & África contribuiu com -2,3 pontos e o Hemisfério Ocidental, com -0,2 ponto, enquanto a Europa influenciou positivamente com 1,4 ponto.