Palanque

Barreto cobra maior participação de colegas em decisões sobre Guarulhos

Deputados estaduais aprovavam em maio o remanejamento de R$ 700 milhões que seriam destinados a construção de cinco piscinões na região guarulhense do rio Baquirivu-Guaçu para investimentos em estações de tratamento nas cidades das proximidades de Campinas. Diante do fato consumado, o vereador Eduardo Barreto (PCdoB) cobrou de seus colegas maior empenho na defesa dos interesses do município.
 
“A cidade de Guarulhos perdeu os US$ 204 milhões, que seriam usados para a canalização e construção de piscinões no Baquirivú. Essa tragédia está anunciada. Se não for feito pelo menos o desassoreamento do rio, teremos mais vítimas fatais, mais pessoas perdendo seus bens e também pessoas sem poder chegar em casa ou que não conseguirão ir trabalhar, presos no trânsito”, explicou Barreto.
 
Diante deste cenário, o parlamentar cobrou maior empenho e efetividade dos demais vereadores na defesa dos interesses da cidade junto a outras esferas superiores. A atual legislatura conta com 34 vereadores e destes apenas dois (o representante do PCdoB e o petista Claudison Pezão) estiveram na sessão parlamentar da Assembleia Legislativa do dia 18 do último mês, que previa em sua pauta a votação da transferência do recurso. 
 
“Era lei. A cidade de Guarulhos iria ter o rio Baquirivu canalizado e feito a construção de cinco piscinões na cidade. Essa Casa tem 34 vereadores. Será que o nosso trabalho se restringe apenas a cidade de Guarulhos? Ao limite da cidade Guarulhos? Não podemos sair da cidade para fazer política? Não poderíamos estar todos nós conversando com os respectivos deputados estaduais de nossos partidos?”, questionou Barreto.
 
No ano de 2012, o Governo do Estado aprovou a lei 14790/2012 para a construção de piscinões nas regiões próximas do rio Baquirivu-Guaçu. O seu artigo primeiro autoriza o investimento “Fica o Poder Executivo autorizado a realizar operação de crédito junto ao Banco de Desenvolvimento da América Latina até o valor equivalente de U$$ 204 milhões a ser aplicados obrigatoriamente no sistema de macrodrenagem do rio Baquirivu-Guaçu a cargo do DAEE”.
 
O DAEE, por sua vez esclareceu ao GuarulhosWeb na época, que a decisão de priorizar a construção das barragens de Pedreira e Duas Pontes, na bacia do PCJ (Piracicaba, Capivari e Jundiaí), abaixo do complexo Cantareira, que abastece a Região Metropolitana de São Paulo, é decorrente da crise hídrica que atingiu o Estado de São Paulo em 2014, conforme explicitado na exposição de motivos que acompanha a proposta do Projeto de Lei 123/2016, este aprovado em sessão parlamentar da Assembleia Legislativa no dia 18 do último mês.
 

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