Economia

Base de petróleo e gás é insuficiente para e atrair investimentos, diz Statoil

O presidente da Statoil no Brasil, Pal Eitrheim, avalia que o alto potencial de recursos de óleo e gás do Brasil, por si só, não é suficiente para atrair investimentos, sendo necessários diversos ajustes e recursos que facilitem a entrada de empresas internacionais.

“O Brasil possui um potencial muito maior do que a Noruega. No entanto, uma base superior de recursos é uma condição necessária, mas insuficiente para competir e atrair investimentos no mundo de hoje”, disse Eitrheim, durante evento promovido pelo Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP) em parceria com a Câmara de Comércio Noruega-Brasil.

Para o executivo da companhia norueguesa, pontos como a política de conteúdo local, a atuação de operadores e o regime fiscal são entraves que dificultam os investimentos no Brasil. “Até 1995, a Noruega dava contratos para companhias locais que comprovassem competitividade em termos de qualidade, preço e serviço. Desde então, não temos mais isso, e o mercado doméstico aberto permitiu que o mercado norueguês se tornasse mais competitivo e que muitas companhias se tornassem maiores.”

Quanto aos operadores, Eitrheim destaca que, em 2016, a Noruega contava com 34 operadores diferentes no setor de óleo e gás. “A diversidade foi chave para atrair players e investidores”. Em relação ao regime fiscal, o executivo ressalta que, em seu país natal, os impostos incidem sobre os lucros, enquanto os investimentos não são taxados, o que facilita a entrada de capital nos projetos.

“Com mais atividade, trabalhos, melhor eficiência e competitividade, a economia brasileira irá gerar mais opções e oportunidades no futuro”, disse. “Queremos que o Brasil tenha sucesso, e não só no curto prazo.”

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