O Batalhão da Guarda Presidencial, ligado ao Exército, cercou o Palácio do Planalto na tarde desta quarta-feira, 11, para reforçar a segurança do local durante a solenidade de posse das ministras Sônia Guajajara (Povos Indígenas) e Anielle Franco (Igualdade Racial). O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, o vice-presidente Geraldo Alckmin e a ex-presidente Dilma Rousseff participam da cerimônia.
Três dias após a invasão do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF), o governo pediu o reforço da segurança na sede do Executivo, em meio a novas convocações de atos golpistas no País. Na Praça dos Três Poderes, viaturas da Força Nacional estão posicionadas para proteger os prédios. A Esplanada dos Ministérios foi fechada para reduzir a circulação de pessoas e impedir a entrada de veículos.
Pela manhã desta quarta, 11, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que autoridades de todos os níveis federativos adotem as providências necessárias para impedir tentativas de ocupação ou bloqueio de vias públicas, assim como de espaços e prédios públicos em todo o território nacional.
O STF também formou maioria para referendar decisões de Moraes que afastaram Ibaneis Rocha (MDB) do cargo de governador do Distrito Federal, por omissão nos atos golpistas, e determinaram a prisão preventiva do ex-secretário de Segurança Pública do DF Anderson Torres.
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), o vice-presidente do Senado, Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), e um grupo de senadores e deputados, por sua vez, foram ao Planalto para entregar em mãos a Lula o decreto de intervenção federal na segurança pública do DF editado pelo petista no último domingo, 8, e aprovado ontem no Congresso.