A Bayer obteve lucro líquido de 1,41 bilhão de euros (US$ 1,53 bilhão) no quarto trimestre de 2019, informou a companhia na manhã desta quinta-feira, 27. O resultado representa uma melhora expressiva no desempenho da companhia na comparação com igual trimestre do ano anterior, quando obteve prejuízo de 3,92 bilhões de euros. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado foi de 2,483 bilhões de euros, valor 26,4% superior ao reportado no quarto trimestre de 2018 de bilhões de euros de 1,96 bilhão de euros.
As vendas aumentaram 3,8%, a 10,75 bilhões de euros, em comparação com 10,35 bilhões de euros no quarto trimestre do ano anterior. O maior crescimento foi registrado na divisão de produtos farmacêuticos com alta de 9,1% e geração de receita de 4,682 bilhões de euros.
Analistas consultados pela empresa estimavam Ebitda ajustado de 2,48 bilhões de euros e vendas de 10,63 bilhões de euros.
O desempenho da fabricante de produtos farmacêuticos e agroquímicos veio dentro do esperado pelo mercado, já que a empresa vem reportando incremento na receita desde o primeiro trimestre do ano fiscal de 2019. O lucro, contudo, vinha em declínio contínuo.
A companhia afirmou que atingiu as suas metas financeiras no ano que passou. "Apesar de enfrentar um ambiente de mercado desafiador, especialmente no setor agrícola", comentou o CEO da empresa, Werner Baumann, em comunicado divulgado para a imprensa e investidores.
A Divisão Crop Science, que inclui produtos agrícolas, registrou 4,652 bilhões de euros em vendas no quarto trimestre do ano passado, variação negativa de 0,2% em relação aos 4,661 bilhões do quarto trimestre do ano anterior. A companhia atribui o resultado do segmento principalmente ao crescimento das vendas na América Latina, enquanto os negócios na América do Norte permaneceram estáveis. O Ebitda ajustado da divisão foi de 872 milhões de euros no trimestre, 60,6% superior aos 543 milhões apresentados em igual período de 2018.
Este é o primeiro trimestre em que a divisão de Saúde Animal não consta na demonstração de resultados da companhia, após ter vendido a operação para a Elanco Animal Health em agosto do ano passado.
A multinacional alemã disse que atualmente enfrenta processos judiciais envolvendo o Roundup, herbicida à base de glifosato de cerca de 48,6 mil demandantes, número atualizado em 6 de fevereiro, em comparação com 42,7 mil demandantes em 11 de outubro. O produto químico era produzido pela Monsanto, que a Bayer adquiriu em 2018 por US$ 63 bilhões.
No comunicado divulgado nesta quinta, a companhia afirmou que o as negociações de solução para esses casos estão progredindo, enquanto os processos de apelação também estão sendo explorados. "Buscaremos recursos em todas as instâncias judiciais, se necessário", disse Baumann na nota.
Para 2020, a Bayer espera que as vendas sem as operações descontinuadas totalizem entre 43 bilhões de euros e 45 bilhões de euros, aumento de 3% a 4% em base ajustada.
O Ebitda ajustado, estima a companhia, deve ficar entre 12,3 bilhões de euros e 12,6 bilhões de euros, alta de 28%. A empresa pondera que a previsão não inclui uma estimativa do impacto potencial do coronavírus sobre suas operações.