O Banco do Brasil informou, em nota à imprensa, que já prestou informações ao Ministério Público Federal sobre a operação contratada pela empresa Torke Empreendimentos junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e que teve repasse dos recursos realizado pela instituição. “Tão logo seja comunicado sobre novas solicitações, o banco prestará os esclarecimentos necessários”, destacou o BB.
A operação com a Torke, da empresária Val Marchiori, de acordo com o banco, está em situação de “total normalidade”, com todos os pagamentos em dia, e “nenhuma pendência”. “Isso significa que as análises técnicas realizadas – de crédito, de risco e da operação – tiveram êxito nos processos de conformidade”, acrescentou a instituição.
O Ministério Público Federal em São Paulo (MPF/SP) solicitou, na tarde desta sexta-feira, 6, abertura de inquérito policial para investigar o empréstimo à Torke, que considera irregular. A operação foi realizada em 2013, na gestão de Aldemir Bendine, que foi confirmado hoje como o novo presidente da Petrobras, à socialite Val Marchiori.
De acordo com representação de um grupo de funcionários do BB, a instituição disponibilizou R$ 2,79 milhões à cliente oriundos de uma linha de financiamento BNDES Finame (Financiamento de Máquinas e Equipamentos), mesmo com o cadastro dela contendo restrições impeditivas de crédito, o que na prática inviabilizaria a liberação de tais recursos.
Nesta semana, a Justiça Federal determinou ao BB o fornecimento de documentos referentes aos empréstimos concedidos à empresária, desde 2009. Em outubro do ano passado, o MPF já havia feito o pedido, mas o banco alegou ser necessária uma ordem judicial de quebra de sigilo bancário dos envolvidos para atender à solicitação. O MFP acionou, então, a Justiça e afastou essa condição por se tratar de recursos públicos e deu prazo de cinco dias para que o BB disponibilizasse a documentação.