O banco central alemão, conhecido como Bundesbank, reduziu substancialmente as suas previsões de crescimento para a Alemanha em seu relatório semestral, como resultado do abrandamento da atividade econômica no segundo semestre do ano.
O crescimento do PIB foi revisado para 1,4% em 2014, 1,0% em 2015 e 1,6% em 2016, anunciou o Bundesbank nesta sexta-feira. No seu relatório anterior, publicado em junho, o banco central estimava que a Alemanha teria crescimento de 1,9% neste ano, 2,0% no próximo ano e 1,8% em 2016.
“Depois de um início acelerado para o ano, o que se deveu em parte ao inverno muito suave, a economia alemã, posteriormente, perdeu dinamismo numa medida surpreendente”, disse o Bundesbank no comunicado.
“Se a economia alemã vai avançar significativamente em 2015, isso depende, acima de tudo, do ambiente internacional”, afirmou. “Se a recuperação econômica na zona do euro se fortalecer como esperado e se o comércio global acelerar, então oportunidades adicionais irão surgir para as empresas alemãs”.
“No entanto, há razão para esperar que a atual fase lenta irá provar ser de curta duração”, disse o presidente do Bundesbank, Jens Weidmann, ao ser citado no comunicado, argumentando que a economia alemã ainda estava “em boa forma”.
Weidmann ressaltou a forte queda nos preços da energia, que podem proporcionar um “pequeno estímulo” que ajudaria a economia alemã a sair do marasmo. “Se os preços do petróleo continuarem a este nível moderado por um período prolongado de tempo, o crescimento econômico em 2015 e 2016 poderá ficar entre 0,1 e 0,2 ponto porcentual maior em cada caso”, disse ele.
O Bundesbank também alterou suas projeções de inflação. O índice preços ao consumidor harmonizado para os termos da União Europeia agora é previsto em alta de 0,9% em 2014, elevação de 1,1% em 2015 e ganho de 1,8% em 2016. Isso é significativamente mais fraco do que as estimativas anteriores, que colocavam a inflação em 1,1%, 1,5% e 1,9%, respectivamente.
No entanto, o Bundesbank assinalou que baixos preços de energia significam que o núcleo da inflação deve ficar substancialmente acima das suas projeções mais recentes, acrescentando que poderia chegar a 2% -acima da meta oficial do Banco Central Europeu (BCE), de pouco menos de 2% – até o fim de 2016.
O banco central alemão afirmou também que os aumentos salariais de pouco menos de 3% ao ano devem contribuir para o aumento da inflação, reforçado ainda pela introdução de um salário mínimo geral no país a partir de 2015. Fonte: Market News International.