O Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês), anunciou a manutenção em 2,75% dos juros para empréstimos de médio prazo (MLF, em inglês), com prazo de um ano. A autoridade monetária, no entanto, aumentou o volume de yuans injetados pela operação no mercado. O objetivo do banco central chinês é "manter a liquidez do sistema bancário adequada em um nível razoável".
Para janeiro, o PBoC injetou 79 bilhões de yuans de liquidez extra para MLFs de 1 ano, totalizando 779 bilhões.
O ING aponta que o movimento antecede o feriado do Ano Novo Lunar chinês – quando a liquidez normalmente fica mais apertada – e que o mercado deve receber a ação como uma "medida de suporte". No entanto, também alerta para um possível enfraquecimento do yuan no próximo mês, com a divulgação dos dados sobre vendas de varejo.
"Acreditamos que há outro motivo mais importante para o aumento de volume", observa o banco. "O PBoC prefere apoiar o forte crescimento dos empréstimos injetando liquidez extra por meio do MLF no início do ano, em vez de cortar a taxa de reserva obrigatória, que é uma ferramenta de política monetária mais agressiva".
Na visão do ING, a injeção de liquidez abaixa as probabilidades de cortes na taxa de reserva obrigatória durante o primeiro trimestre de 2023.