Economia

BC da China admite intervenções cambiais, após queda em reservas

O Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês) afirmou nesta terça-feira que a queda recorde nas reservas em moeda estrangeira do país em agosto ocorreu em parte devido à própria intervenção do PBoC no câmbio, bem como à crescente demanda por outras moedas de companhias e investidores chineses.

Em seu primeiro comunicado público desde que informou na segunda-feira que as reservas caíram US$ 93,9 bilhões em agosto, para US$ 3,56 trilhões, o banco central chinês disse que o resultado foi fruto de “múltiplos fatores”, incluindo sua própria intervenção no mercado, flutuações nos preços nos ativos da reserva e movimentos de outras moedas.

Para as reservas, a queda mensal foi a maior já registrada. Ela ocorreu enquanto o BC chinês comprava agressivamente yuans e vendia dólares, para impedir que a moeda local se desvalorizasse mais e que mais capital deixasse o país, após uma desvalorização de 2% do yuan.

O comunicado do PBoC, divulgado na internet, afirma que suas ações deram mais liquidez em moeda estrangeira ao mercado. Também diz que a elevação das reservas em moeda estrangeira de empresas domésticas e investidores contribuiu para a queda nas reservas oficiais.

O PBoC também disse, em outro comunicado, que o compulsório imposto sobre os bancos envolvidos na negociação de forwards cambiais, na semana passada, não representa a imposição de “controles de capital”, mas são uma maneira de reduzir a especulação sobre o yuan.

No geral, o banco disse que a economia chinesa ainda está crescendo num ritmo forte e que o mercado segue atraente para os investidores globais. Conforme a taxa cambial do yuan se torna mais baseada no mercado, segundo o PBoC, será mais “normal” ver altos e baixos nas reservas em moeda estrangeira da China. Fonte: Dow Jones Newswires.

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