Economia

BC da Turquia decide elevar taxa básica de juros de 17,75% para 24%

O Banco Central da Turquia decidiu nesta quinta-feira elevar a taxa básica de juros, a de recompra em uma semana, de 17,75% para 24%. Segundo a instituição, dados recentes indicam uma tendência mais significativa de mudanças na tendência na atividade econômica. “A demanda externa mantém sua força, enquanto a desaceleração na demanda doméstica acelera.”

O BC turco diz que os acontecimentos recentes relativos à perspectiva para a inflação apontam para “riscos significativos à estabilidade dos preços”. A instituição pontua que as altas de preços têm mostrado um “padrão generalizado”, refletindo movimentos no câmbio. “A deterioração no comportamento dos preços continua a representar riscos de alta na perspectiva da inflação, apesar das condições mais fracas na demanda doméstica”, avalia o BC turco em seu comunicado. Diante disso, o comitê de política monetária decidiu “implementar um aperto monetário forte para apoiar a estabilidade de preços”.

O BC ressaltou que continuará a usar “todos os instrumentos disponíveis” para cumprir seu objetivo de busca a estabilidade de preços. Uma política monetária apertada será mantida “decisivamente até que a perspectiva para a inflação apresente uma significativa melhora”, aponta o BC, que pretende monitorar as expectativas de inflação, o comportamento dos preços, o impacto posterior das decisões de política monetária, contribuições da política fiscal e outros fatores. “Se necessário, mais aperto monetário será realizado”, informa o comunicado. “Deve ser enfatizado que qualquer novo dado ou informação pode levar o Comitê a revisar sua posição”, diz ainda a nota.

Na semana passada, o BC turco já havia indicado que deveria elevar os juros hoje, em meio a um quadro de inflação alta e instabilidade nos mercados turcos, com a lira turca sob forte pressão. O presidente Recep Tayyip Erdogan, porém, é um crítico das elevações de juros, dizendo que elas prejudicam a economia local. Mais cedo, Erdogan disse que continua a discordar das altas nos juros, mas que o BC é independente.

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