De olho na resiliência da atividade econômica, o Banco Central elevou novamente sua estimativa para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) de 2023, de 2,0% para 2,9%, conforme o Relatório Trimestral de Inflação (RTI), divulgado nesta quinta-feira, 28. Em junho, a autarquia já havia revisado a projeção de crescimento de 1,2% para 2,0%.
Pelo lado da oferta, o BC alterou a estimativa para a expansão da agropecuária – grande surpresa no primeiro semestre – de avanço de 10,0% para 13,0%, enquanto a revisão para a indústria foi de alta de 0,7% para 2,0%. No caso dos serviços, o BC aumentou a previsão de crescimento de 1,6% para 2,1%.
Em relação aos componentes da demanda, o RTI informou forte alteração de 1,6% para 2,8% na expectativa de crescimento do consumo das famílias e de 1,0% para 1,8% previsão de alta do consumo do governo.
O documento desta quinta indica ainda que a projeção para 2023 da Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) – indicador que mede o volume de investimento produtivo na economia – mostrou cenário mais negativo, de retração de 1,8% para queda de 2,2%. Todas as estimativas anteriores constavam do RTI divulgado em junho.
<b>2024</b>
O BC também informou pela primeira vez suas projeções para 2024. Para o PIB total, a expectativa é de 1,8%. Pelo lado da oferta, o BC estima expansão da agropecuária de 1,5%, enquanto, para a indústria, a projeção é de alta de 2,0%. No caso dos serviços, a autoridade monetária prevê crescimento de 1,8% .
Já entre os componentes da demanda, o BC tem expectativa de alta de 1,9% para o consumo das famílias e de avanço de 1,5% para o consumo do governo. Para a FBCF, é esperada elevação de 2,1%, conforme a autarquia.
No Boletim Focus, a mediana é de crescimento de 2,92% para o PIB deste ano e de 1,50% no próximo.