A posição cambial líquida do Banco Central (BC) atingiu US$ 214,587 bilhões, conforme dados divulgados nesta quinta-feira, 3, pela instituição. O montante, que tem como referência o dia 28 de outubro, é exatamente igual ao saldo no fim de setembro e muito inferior à posição do final de 2021 (US$ 264,495 bilhões).
A posição cambial líquida traduz o que está disponível para que o BC faça frente a alguma necessidade de moeda estrangeira – como fornecer liquidez ao mercado em momentos de crise, por exemplo. É considerado pelo órgão o indicador correto para medir a resistência do País a choques externos.
A posição leva em conta as reservas internacionais, o estoque de operações de linha do BC (venda de dólares com compromisso de recompra), a posição da instituição em swap cambial e os Direitos Especiais de Saque (DES) do Brasil no Fundo Monetário Internacional (FMI).
Neste ano, esse a posição cambial líquida vem caindo devido ao aumento do estoque de swaps na virada do ano, relacionado ao desmonte de operações de overhedge dos bancos. Além disso, a posição de reservas internacionais também está recuando em meio ao aperto monetário global, especialmente nos Estados Unidos.
Em 28 de outubro, as reservas internacionais somavam US$ 326,356 bilhões. No fim de setembro, eram US$ 327,580 bilhões, o menor patamar desde março de 2011 (US$ 317,1 bilhões). No fim de 2021, o volume era de US$ 362,204 bilhões.