O Banco Central publicou nesta terça-feira, 4, mais um boxe do Relatório de Economia Bancária (REB), sobre a "Evolução da eficiência do Sistema Financeiro Nacional (SFN) sob o ponto de vista da otimização de recursos".
"Instituições financeiras mais eficientes buscam inovações para atender às demandas advindas da economia real, aprimorando a oferta de produtos e serviços financeiros sem ameaçar a solidez do SFN. Uma instituição que não é eficiente em termos de custo poderia impor um custo excessivo aos clientes. Uma instituição que não é eficiente em termos de rentabilidade poderia estar sendo leniente no gerenciamento de seus negócios, não gerando lucro o suficiente para sua sustentabilidade econômica", avalia o BC.
A autoridade monetária utilizou uma amostra com 232 instituições financeiras dos segmentos bancário e não bancário, com pelo menos seis dados semestrais entre janeiro de 2004 e dezembro de 2023.
Os dados mostram que a chamada "eficiência custo" manteve-se relativamente estável de 2004 até a recessão de 2009, em um nível pouco abaixo de 0,90. Depois, seguiu numa tendência decrescente até o meio da recessão de 2015-2016. Subiu nos anos seguintes, apresentando um salto no segundo semestre do primeiro ano da pandemia da covid-19, voltando a ficar relativamente estável desde então em patamar próximo a 0,90.
"Já a eficiência lucro vinha numa tendência de alta de 2004 até a recessão de 2009, quando ultrapassou 0,75, o pico no período amostral. Após esse pico, a eficiência lucro diminuiu de forma consistente até chegar a 0,60 no final da amostra", completa o documento.
O BC lembra que momentos de crise podem forçar as instituições financeiras a aumentarem sua eficiência. Ainda assim, a autarquia avalia que existem desafios na maximização dos lucros, principalmente em um cenário de aumento da concorrência no setor.