O Banco Central transferiu nesta quinta-feira, 24, o monitoramento de instituições jurisdicionadas do Centro de Monitoramento em São Paulo para o Centro de Monitoramento em Brasília, segundo comunicado interno obtido pelo <i>Broadcast</i>, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.
Hoje, os servidores paralisaram as atividades das 14h às 18h no movimento do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal) por reajuste salarial e reestruturação de carreiras dos funcionários da autoridade monetária. De acordo com o sindicato, 60% dos servidores do BC aderiram ao movimento.
No início deste mês, o BC chegou a transferir temporariamente o monitoramento do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) de responsabilidade da mesa do BC em São Paulo para Brasília.
Conforme relatos, é procedimento padrão transferir o monitoramento de sistemas críticos do BC para a sede sempre que há qualquer evento que possa representar risco de interrupção dos serviços. Normalmente, o monitoramento das instituições financeiras é compartilhado entre Brasília e São Paulo e a transferência poderia criar uma espécie de sobrecarga em uma equipe para supervisionar as operações, embora boa parte do sistema já esteja automatizado e os servidores do BC atuem mais quando surgem problemas.
O sindicato afirmou hoje que vai aguardar uma proposta concreta da autarquia até 16 de março. Caso a pauta não avance, os servidores do Banco Central passarão a debater uma greve por tempo indeterminado a partir da segunda quinzena de março. Antes, o limite era dia 9 de março.
Em nota enviada mais cedo ao <i>Broadcast</i>, o BC informou que não vai comentar as manifestações dos funcionários.