O vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), Luis de Guindos, afirmou nesta segunda-feira, 4, que o tamanho do aumento da taxa de juros em setembro dependerá da atualização das perspectivas de inflação de médio prazo. Dessa forma, segundo o banqueiro, se as perspectivas de inflação de médio prazo persistirem ou se deteriorarem, um incremento maior que 25 pontos-base será apropriado.
"Olhando mais adiante, indicamos que uma trajetória gradual, mas sustentada, de novos aumentos nas taxas de juros será apropriada, com base em nossa avaliação atual. O ritmo com que ajustaremos nossa política monetária dependerá dos dados recebidos e de como avaliarmos a evolução da inflação no médio prazo, em linha com nosso compromisso com nossa meta de 2%", destacou, em discurso no Frankfurt Euro Finance Summit.
Guindos também comentou que o BCE continuará a usar a flexibilidade necessária para combater quaisquer ameaças à transmissão da política monetária. "O nosso empenho no combate à fragmentação não deverá interferir, mas sim permitir um maior enfoque na orientação da política monetária", disse. "Evitar a fragmentação nos permite ajustar nossa política monetária no ritmo adequado e estabilizar a inflação em nossa meta", completou.