Dirigentes do Banco Central Europeu (BCE) concordaram que era importante transmitir maior confiança de que o processo de desinflação justificava a decisão da instituição de cortar juros na reunião de política monetária de 5 e 6 de junho, segundo ata do encontro publicada nesta quinta-feira, 4. Na ocasião, o BCE reduziu suas principais taxas de juros em 25 pontos-base. No caso da taxa de depósito, foi a primeira redução desde setembro de 2019.
Por outro lado, autoridades do BCE também destacaram no mês passado a necessidade de manter a cautela e paciência em relação à trajetória futura da inflação, afirma o documento. O BCE busca reduzir a inflação na zona do euro para 2% de forma sustentável. Em junho, a taxa anual de inflação do bloco ficou em 2,5%, de acordo com dados preliminares.
Ainda segundo a ata, surgiram dúvidas sobre se a recuperação econômica da zona do euro ocorreria como previsto, uma vez que isso dependia de um aumento no consumo privado para o qual ainda não havia sinais convincentes nos dados.
Sobre pressões de preços domésticos, dirigentes do BCE avaliaram, no encontro de junho, que os salários avançavam ainda em ritmo forte, tornando-se o principal fator determinante para a persistência da inflação.
O BCE volta a se reunir para discutir sua política monetária nos dias 17 e 18 de julho.