O vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), Luis de Guindos, disse nesta segunda-feira, 12, que a instituição vai decidir sobre a transição do seu programa emergencial de compras de ativos, conhecido como PEPP, no futuro "próximo". Ele ressaltou, no entanto, que "bastante acomodação monetária" será necessária mais adiante e que a retirada de estímulos deverá ser gradual e não prematura.
Guindos, que falou durante evento online do Fórum Oficial das Instituições Monetárias e Financeiras (Omfif, pela sigla em inglês), comentou também que a inflação da zona do euro deverá acelerar até o fim do ano e que os atuais riscos para os preços "apontam para cima".
Guindos disse ainda que o BCE aceitará que a inflação do bloco supere a meta oficial de 2% a "depender das circunstâncias" e avaliou que os preços serão influenciados por fatores externos. Ainda segundo Guindos, a recuperação econômica da zona do euro está em andamento e os riscos ao crescimento "estão bem equilibrados", mas o apoio da política monetária ainda é necessário.
O vice-presidente do Banco Central Europeu afirmou também que a disseminação de variantes da covid-19, como a delta, é evidência de que o BCE não pode ser complacente.