O vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), Luis de Guindos, disse nesta quarta-feira (2) que a guerra entre Rússia e Ucrânia deverá ajudar a impulsionar a inflação e a reduzir o ritmo de crescimento da zona do euro nas próximas semanas. Guindos, no entanto, ressaltou que o impacto do conflito russo-ucraniano na liquidez dos mercados financeiros não tem sido tão "dramático" quanto foi o da pandemia de covid-19 em 2020. Segundo ele, o efeito mais significativo da guerra foi nos preços do petróleo e do gás.
Guindos, que falou durante evento da Universidade Carlos III, também comentou que a exposição financeira global à Rússia é baixa. Ele destacou ainda que a economia russa "não é tão grande" e é "similar à da Espanha". Sobre a inflação da zona do euro, que atingiu novo recorde de 5,8% em fevereiro, Guindos a descreveu como uma "surpresa negativa".