Internacional

Bélgica acusa três de envolvimento em crimes terroristas

Promotores anunciaram neste sábado que acusaram três homens de ações terroristas durante os ataques suicidas no aeroporto de Bruxelas e no metrô da capital belga. Um homem identificado como Faycal C., que foi preso na última quinta-feira, foi acusado de “envolvimento em um grupo terrorista, assassinato terrorista e tentativa de assassinato terrorista”.

A imprensa belga diz que ele é Faycal Cheffou, o homem de roupas claras e chapéu que aparece em um vídeo de segurança com outros dois homens-bomba no aeroporto de Bruxelas. Cheffou é descrito como um ativista local conhecido da polícia por tentar conquistar requerentes de asilo e pessoas desabrigadas ao radicalismo islâmico. Os promotores não confirmaram as informações.

Dois outros suspeitos detidos na quinta-feira e identificados como Raba N. e
Aboubakar A. foram acusados de “envolvimento em atividades de grupo terrorista”. Adicionalmente, um homem chamado Abderamane A. que foi levado em custódia nesta sexta-feira, depois de ser baleado pela polícia em uma parada de bonde, está sendo mantido preso por pelo menos mais 24 horas.

Os ataques suicidas durante o pico de viagens da manhã no aeroporto de Bruxelas e em uma estação de metrô da cidade mataram 31 pessoas, confirmaram as autoridades neste sábado. Esse número pode aumentar uma vez que algumas partes de corpos ainda não haviam sido identificadas, disseram.

O procurador Ine Van Wymersch disse que 24 das vítimas já foram identificadas e que 11 delas eram estrangeiros. Entre elas o ex-embaixador da Bélgica para os Estados Unidos, Andre Adam.

e um médico que serviu no Afeganistão disse que ele e seus colegas ficaram chocados com as queimaduras extremas sofridas por alguns dos 270 feridos.

Dos 270 feridos, 93 estão sendo tratados em um hospital militar de Bruxelas. Um medido disse neste sábado que 15 pessoas estão em uma unidade de queimaduras sérias, cinco deles em tratamento intensivo.

Dr. Serge Jennes disse que ele tratou ferimentos similares durante seu serviço militar em Kandahar, no sul do Afeganistão, mas disse que ele e seus colegas ficaram chocados em ver tais ferimentos em mulheres e crianças. “Eu nunca vi isso antes, em meus 20 anos no centro para queimados”, disse.

Em um sinal das tensões na capital belga e no trabalho dos serviços de segurança pelo país, o ministro do interior pediu que não se realizasse uma marcha em Bruxelas em solidariedade às vítimas. “Entendemos completamente as emoções”< disse o ministro do Interior Jan Jambon. "Entendemos que todos querem expressas esses sentimentos". Mas, ele disse, "convidamos os cidadãos a não fazer essa demonstração". Os organizadores rapidamente atenderam o pedido, postergando a manifestação. Fonte: Associated Press

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